O primeiro desafio do presidente Jair Cirino e seu novo G9 vai ser trabalhar o saldo negativo da queda do Coritiba e das confusões ocorridas no Estádio Couto Pereira, após o jogo contra o Fluminense. A queda de recursos chega a R$12 milhões no ano, apenas com as cotas de TV que caem pela metade e com as bilheterias que o clube deixará de arrecadar em 2010.

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Um saldo atualizado das dívidas do Coritiba está sendo preparado para hoje. Segundo o ex-presidente e conselheiro nato Francisco Araújo, as pendências do Coritiba não são muitas. Ele não quis estipular valores, mas disse que a única solução para o clube é renegociar todas as dívidas. “A primeira ação do novo G-9 deveria se reunir todos os credores do Coxa”.

Araújo também é credor. Diz que perdoou 70% da dívida que o Coritiba tinha com ele. Não diz quanto colocou do bolso no clube, nem quanto tem para receber, mas garante que é hora dos credores pensarem na vida financeira do Alviverde. “É uma situação que todo mundo precisa reconhecer as dificuldades e dar sua contribuição. O clube precisa de uma saída administrável, sem mais traumas”, analisa.

O pensamento do ex-presidente é compartilhado por José Arruda. Vice no primeiro mandato de Giovani Gionédis, ele também é um credor do clube. “Houve um parcelamento da dívida. E o clube vinha me pagando normalmente. Mas com as dificuldades que estão por vir, eu e outras pessoas que ainda têm algo a receber poderíamos esperar. O melhor que podemos fazer é negociar com a diretoria, para não sufocá-la financeiramente”, diz, também sem falar em cifras.

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Outro ex-presidente disposto a ajudar é Joel Malucelli. Segundo ele, o Coritiba tinha uma dívida com o Paraná Banco, mas foi reduzida em 40% e parcelada em 60 vezes. “Hoje ela é inexpressiva, custa 9 mil reais por mês”.

Apesar de achar os valores baixos para uma renegociação, Malucelli também não entrou no total dos valores. Mas diz que pretende ajudar o Coritiba. “Estou à disposição desde o segundo ou terceiro dia após a catástrofe. Mas acho que vai levar dois ou três anos para voltar a ser o que era. O torcedor precisará ter paciência”.

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