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| Luís Carlos e Marciano conquistaram |
Acabou nosso Carnaval, ninguém ouve cantar canções… Há muito tempo o carnaval brasileiro não acaba na quarta-feira, como cantaram Carlos Lyra e Vinícius de Moraes em sua "Marcha da Quarta-feira de Cinzas", que refletia sobre o Brasil pós-64. Hoje, a festa continua, não só nas avenidas, mas também nos campos de futebol.
E como Carnaval e futebol se complementam, no momento em que os foliões vão para casa retornam os torcedores – e os parnanguaras, que brincaram muito no feriado, vão empurrar Rio Branco e Coritiba, que se enfrentam a partir das 21h45, no Fernando Charub Farah. Há três semanas o Coxa não jogava tão perto de casa.
Ainda falta muito para o Cori retornar ao Alto da Glória – as chuvas das últimas semanas atrapalharam a reforma do gramado, que só será liberado no início de maio. Mas há muito tempo o time não passava um período tão longo longe da torcida. A última partida alviverde em Curitiba aconteceu em 19 de janeiro, na primeira rodada do Campeonato Paranaense, no 2×1 sobre o Engenheiro Beltrão. Tendo Maringá como sede, o Coxa seguiu para o Norte no dia seguinte e só voltou no sábado de Carnaval.
De lá para cá, passaram outras quatro rodadas do Estadual (o jogo de hoje é válido pela sexta rodada) e a estréia bem-sucedida na Copa do Brasil, classificando-se na primeira partida. Além disso, volta ao "convívio" com uma nova formação, mais agressiva e que agradou ao torcedor – mesmo que este não tenha assistido à goleada de 5×1 sobre o União Bandeirante, acompanhada por menos de mil pagantes no Willie Davids.
O Coritiba que volta para "casa" tem um objetivo claro -assumir, ainda nesta rodada, a liderança isolada do grupo A. "A primeira posição nos dará mais tranqüilidade, e é um fator decisivo nas fases seguintes do campeonato", justifica o técnico Antônio Lopes. Para isso, ele mantém a tática ofensiva. "Tudo como dantes no quartel de Abrantes", resume o Delegado, aproveitando o dito popular para confirmar a equipe.
Portanto, quem for a Paranaguá verá o "novo" Coritiba, ainda sendo ajustado, mas motivado para conquistar mais uma vitória. "A gente está melhorando aos poucos. O time foi bem contra o União, mostramos a nossa evolução, mas ainda com alguns probleminhas. Espero que no jogo contra o Rio Branco, que vai ser muito complicado, consigamos crescer ainda mais e trazer os três pontos, que é o nosso grande objetivo", finaliza o capitão Reginaldo Nascimento.
Rafinha liberado até a próxima semana
Um dos destaques da seleção brasileira vice-campeã do Sul-Americano sub-20, disputado até a semana passada na Colômbia, seria um acréscimo de qualidade ao Coritiba. Mas como o jovem James está rendendo bem, e Jucemar já voltou a trabalhar normalmente, o lateral-direito Rafinha ganhou um período de descanso antes de se reapresentar. Só que a diretoria do Cori não conseguiu avisá-lo disso.
Depois de retornar com a seleção (o vôo teve o Rio de Janeiro como destino), Rafinha foi liberado pela CBF para voltar para casa – ou para se reapresentar ao Coritiba. O lateral deixou o telefone celular desligado, e com isso o comando do futebol coxa não teve como se comunicar com ele. A solução foi deixar uma mensagem na secretária eletrônica avisando-o que suas "férias" duram até a próxima terça-feira, quando deverá se apresentar no CT da Graciosa.
Enquanto Rafinha não vem, chegou o atacante Nunes, de 22 anos, que estava no União São João de Araras e é ligado ao empresário Juan Figger. Ele começou no Santo André, onde foi campeão da Copa São Paulo de 2003 e no final do ano passado entrou em litígio. Ele conseguiu os direitos federativos na Justiça e foi jogar em Araras, e agora acertou com o Coxa – ele tem vínculo até o final da temporada.
Repeteco
A mesma situação pode acontecer com o meia Caio, que está brigando com o Ituano pela sua liberação. Ele pediu para treinar no CT da Graciosa – a aprovação da diretoria já demonstra que o acerto pode acontecer. Mas, como o caso ainda não se definiu, o ex-jogador do Paraná Clube pode reforçar o Cori apenas no Campeonato Brasileiro. Antes, deverá ser apresentado um lateral-esquerdo, possivelmente Rubens Júnior, que já defendeu o clube em 1998.
Leão vai completo
O Rio Branco realizou, na manhã de ontem, no Centro Poliesportivo "Fernando Farah" seu coletivo final. Val de Mello praticamente já definiu o time que entra em campo contra o Coritiba hoje, às 21h45, no "Caranguejão: Márcio Vieira, Baiano, Dezinho, Referson e Daniel, Tião, Edmar, Erminho e Ratinho, Ednaldo e Thiago.
O time da Estradinha conta com a volta de Baiano e Daniel, que estiveram ausentes contra o Paraná Clube, quando o Leão perdeu por 2 a 0. Agora, com a volta desses dois, a defesa fica completa e no treinamento de ontem ainda existia uma dúvida com relação à entrada de Erminho no lugar de Roberto no meio de campo, o que ficou definido após o treino.
O técnico riobranquista analisou a derrota para o Paraná como uma fatalidade e que ninguém esperava, mesmo porque o time vinha bem e invicto em Paranaguá: "Na verdade, perdemos muitas oportunidades no primeiro tempo. E no futebol existe uma verdade, ?quem não faz toma?, e foi isso que ocorreu. Na etapa complementar, quando nosso adversário ficou com dez homens, tomamos o primeiro gol que desestabilizou nosso time, que não teve forças para reagir. Mas futebol é assim mesmo, podemos nos reabilitar em cima do Coritiba. Time, posso garantir que temos para enfrentar de igual para igual", afirmou Val.
A delegação riobranquista, depois do treino de ontem, entrou em regime de concentração no Hotel Monte Líbano e só sai para o jogo no "Caranguejão".
CAMPEONATO PARANAENSE
1ª Fase – 6ª Rodada
Em campo
Local: Fernando Charub Farah (Paranaguá)
Horário: 21h45
Árbitro: Henrique França Triches
Assistentes: Francisco Aurélio do Prado e Marcos Dias Teixeira
RIO BRANCO X CORITIBA
Rio Branco
Márcio Vieira; Baiano, Dezinho, Réferson e Daniel; Tião, Edmar, Erminho e Ratinho; Tiago e Edinaldo. Técnico: Val de Mello
Coritiba
Fernando; James, Miranda, Flávio e Ricardinho; Reginaldo Nascimento, Reginaldo Vital, Luís Carlos Capixaba e Marquinhos; Luís Carlos e Marciano. Técnico: Antônio Lopes