A descoberta de fraude nos ingressos em jogos no Couto Pereira não causará o rompimento do vínculo entre o Coritiba e a empresa BWA, contratada para confeccionar e distribuir as entradas para partidas do clube em casa. ?Os envolvidos apenas prestavam serviços para a empresa. A BWA só tinha prejuízo com o esquema, uma vez que recebia percentual sobre ingressos vendidos. Manteremos o contrato, ao menos que a seqüência das investigações mostre outra coisa?, explicou o presidente coxa-branca, Jair Cirino dos Santos.
De qualquer forma, o clube fará auditoria para calcular a extensão dos prejuízos e apresentará a conta à parceira. Cirino justifica que, embora não haja envolvimento direto da BWA, ela era responsável pela contratação dos acusados de liderar a quadrilha de estelionatários. De acordo com a polícia, há indícios de que a clonagem de ingressos nos jogos do Coxa ocorria há pelo menos dois anos. Em nota oficial, a diretoria alviverde fez questão de ressaltar que nenhum funcionário do clube foi mencionado nas investigações. Catracas eletrônicas
Já a partir da próxima partida do Coxa em casa, contra a Portuguesa, em 9 de julho, as catracas eletrônicas voltam a ser utilizadas. Até lá, a BWA promete concluir o processo de informatização das bilheterias do Couto Pereira, que já havia sido solicitado pelo clube.
Segundo um dos donos da empresa, Walter Balsimelli, o procedimento elimina qualquer tentativa de fraude. ?O comprador terá que informar o CPF, haverá limite máximo para aquisição de ingressos e os funcionários do acesso (ao estádio) não saberão o código instalado nas catracas?, afirma o empresário.