Coxa não garante Alto da Glória ao Furacão

Não bastando o impasse na adequação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014, o Atlético tem um novo problema: o Couto Pereira. A diretoria coxa e parte da torcida rubro-negra armaram polêmica sobre a posição do presidente rubro-negro, Marcos Malucelli, em jogar no estádio alviverde se o Joaquim Américo fechar para obras.

Malucelli afirmou que o Couto Pereira é a única opção para sua torcida, caso o Furacão precise ficar estimados dois anos fora de seus domínios. O dono da casa alviverde, porém, não garante que vai emprestar seu território ao Furacão.

“Não existiu nenhum contato com o Atlético. E por enquanto não existe nenhuma possibilidade de emprestarmos o estádio”, devolveu o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade.

O dirigente alviverde também classificou a possibilidade de aluguel por estimados R$ 100 mil como “um monte de bobagem que se espalha por aí”. Fontes indicam que “pessoas influentes” no Coritiba não gostaram de ouvir a hipótese de empréstimo do campo ao rival.

A necessidade de usar a casa alviverde, dita por Malucelli, também foi questionada pela torcida organizada Ultras do Atlético. “Desde já antecipamos que somos contra. Na final da Libertadores 2005 eles nos negaram o estádio, sem mesmo que tenhamos o pedido emprestado. Fora isso tem o valor estimado que é caríssimo”, explicou o diretor geral da entidade, Gabriel Barbosa.

Marcos Malucelli não se pronunciou sobre o posicionamento da torcida. Questionado sobre a carta publicada pela Ultras em seu site, ele respondeu: “Não conheço o manifesto”. A torcida organizada Os Fanáticos garantiu apoio ao presidente do Furacão.

Sem recusa

Apesar do Coxa não garantir que possa emprestar o Couto ao Atlético, o Alviverde poderá ser obrigado a fazer isso. De acordo com o artigo 17 do regulamento geral das competições da entidade máxima do futebol brasileiro, “federações e clubes serão obrigados a ceder seus estádios para as competições, quando tais estádios forem requisitados formalmente pela CBF”. O documento, no entanto, não aborda quem faz o pagamento ao proprietário do estádio emprestado.