Coxa encara etapa decisiva. Sem sustos

É hora de redobrar a atenção. Apesar de estar na terceira colocação do campeonato brasileiro, o Coritiba sabe que terá pela frente – nos próximos cinco jogos – o teste definitivo para provar se a equipe reúne ou não condições de estar entre os oito melhores da competição. À exceção da partida contra a Portuguesa, no dia 26, são quatro partidas seguidas fora de casa, enfrentando (nessa ordem) Paysandu, Botafogo, São Caetano e São Paulo. Tudo começa amanhã, às 20h30, contra o time paraense, no Estádio Olímpico do Mangueirão. E o técnico Paulo Bonamigo quer que a equipe evite os ‘sustos’ da última semana.

A preocupação principal de Bonamigo é que a equipe não apresente mais as falhas que mostrou contra Santos e Goiás. “Os resultados foram ótimos, mas as atuações não, principalmente no domingo”, confessa o técnico. Ele aproveita para reiterar mais uma vez que o Cori não pode fugir de seu esquema de jogo, mesmo fora de casa. “Não vou mudar muito. Apenas espero que o time renda mais do que rendeu”, afirma

“Realmente a partida de domingo foi a nossa pior atuação no Brasileiro”, concorda o zagueiro e capitão Edinho Baiano, que foi um dos destaques da equipe na virada sobre o Goiás. “Nessas horas, nós temos que mostrar vontade”, diz o volante Reginaldo Nascimento, que marcou domingo seu primeiro gol (em 194 jogos) com a camisa alviverde.

Bonamigo não gostou principalmente pelo que não foi feito. “Nós não acertamos os passes no meio, não fizemos jogadas de linha de fundo, não aproximamos os compartimentos do time”, enumera. “Uma das nossas forças, que é o aproveitamento dos passes, quase não apareceu. Aí vocês poderiam criticar o ataque, mas ele não foi acionado durante quase todo o primeiro tempo”, completa. Ao mesmo tempo, ele comemora o poder de reação e o resultado. “Não dá para manter o nível das atuações em todas as partidas. Vai haver jogos em que jogaremos melhor e perderemos. Às vezes, o melhor acaba sendo vencer”, diz o técnico alviverde.

E se o Coritiba não consegue manter em algumas partidas um bom nível de atuações, é natural que os adversários também tenham dificuldades. “Além de tudo, os jogos que temos pela frente são todos contra times que necessitam mais da vitória que a gente”, aponta o goleiro Fernando. “Pode acontecer dessas equipes serem pressionadas, enquanto nós estamos indo com um pouco mais de tranqüilidade”, explica o zagueiro Pícoli.

E uma evolução do time pode ser fundamental agora, quando o Cori faz uma série de partidas fora de casa. “Vamos ter que conquistar pontos para manter nosso aproveitamento”, afirma Pícoli. “E se possível com vitórias, porque elas fazem diferença nos critérios de desempate”, completa. “Nosso objetivo é manter o Coritiba entre os dois ou três primeiros para garantirmos a classificação”, diz Edinho.

Escalação de amanhã vai depender do DM

Depois dos sustos, todo mundo arruma as malas para a viagem. A manhã de ontem no CT da Graciosa começou tensa com a `lotação’ no departamento médico, mas ao final do treinamento os cinco jogadores lesionados – Reginaldo Araújo, Pícoli, Adriano, Da Silva e Genílson – tiveram o aval do departamento médico e seguem hoje com a delegação coxa para Belém. Mas alguns deles ainda não sabem se vão enfrentar amanhã o Paysandu.

Os jogadores que mais preocupam são Adriano e Pícoli. O lateral-esquerdo ainda se ressente das dores lombares que o tiraram do jogo contra o Goiás, no intervalo. “Houve um momento no jogo que eu não conseguia nem andar direito”, confessa o jogador, que passou o dia em tratamento. “Ele está bem melhor, mas vamos avaliá-lo novamente em Belém”, informa o médico coxa William Yousef, que acompanha a delegação.

Outro que ainda vai ser reavaliado é Pícoli, que foi sacado do jogo de domingo meia hora antes da partida. “Eu senti um dor forte na coxa na hora do aquecimento. Eu falei com os médicos e com o Bonamigo, e todos achamos melhor que eu não jogasse. Corria o risco de eu sofrer uma lesão mais grave”, conta o zagueiro, que garante que reunirá condições de enfrentar o Paysandu. “Com certeza. Eu sei o quanto o meu corpo pode ser exigido”, afirma, confiante.

Da Silva, que também desfalcou o Coritiba no domingo, já treinou normalmente ontem. “Eu queria sentir como estava meu tornozelo. Treinei trinta minutos e me senti bem”, diz o atacante, que confessa ainda sentir dores no tornozelo esquerdo. “Mas não dá nem para pensar em ficar fora do jogo”, afirma. Reginaldo Araújo, com uma pancada no joelho direito, e Genílson, com dores no tendão de Aquiles, foram poupados ontem mas não deverão ser problemas para Bonamigo.

O treinador, portanto, deverá contar com todo a equipe-base – mas ele preferiu manter um certo mistério. “Quem sabe eu jogue com dois jogadores de velocidade no ataque”, desconversa. Mas dificilmente Bonamigo não utilizará os onze considerados titulares, situação que se confirma nas próprias declarações dele. “Vou mexer em relação ao time que enfrentou o Goiás, mas pouco”, avisa.

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