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Corte de Moscou mantém russo campeão olímpico e vai contra punição do COI

O russo Alexander Zubkov teve mais uma vitória nos tribunais nesta sexta-feira e seguirá sendo reconhecido como campeão olímpico, ao menos em seu país. Uma corte de Moscou determinou que a retirada de suas medalhas por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi injusta, apesar da alegação de doping.

O porta-bandeira russo na Olimpíada de Inverno de Sochi, em 2014, havia tido suas duas medalhas de ouro conquistadas naquele ano retiradas por doping. A decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) veio em 2017 e Zubkov não conseguiu desqualificar a punição aplicada.

Em novembro do ano passado, no entanto, a principal corte civil de Moscou acatou a apelação do atleta e considerou que o procedimento da CAS não deveria ser reconhecido na Rússia por ser “injusto”. Com isso, Zubkov seguia reconhecido legalmente como campeão olímpico, mas apenas na Rússia.

O Comitê Olímpico Russo, apoiado pelo COI, entrou com novo recurso, pedindo a retirada das medalhas do atleta, por entender que a decisão da corte “dá motivo para duvidar de que a Rússia realmente aplica os principais princípios da luta contra o doping”. Mas a apelação foi negada nesta sexta, e Zubkov seguirá reconhecido como campeão olímpico em seu país.

Zubkov negou veementemente que seja culpado do doping. “Eu sou um atleta limpo. Se você não conhece minha história, você pode abrir a Wikipedia e ver o quanto eu fiz pelo esporte e o que fiz em Sochi”, disse o atleta. “Eu trouxe medalhas de ouro em 30 anos de esporte.”

A decisão de sexta-feira também tornará mais difícil para Zubkov ser removido como presidente da Federação Russa de Bobsled, e pode dar a ele o direito a uma pensão para atletas aposentados.

O caso do COI contra Zubkov baseou-se no testemunho de Grigory Rodchenkov, diretor do laboratório antidoping russo, que revelou a troca de amostras de exames dopadas por limpas. Houve também evidência de que a amostra supostamente falsa armazenada no nome do atleta continha mais sal do que seria possível na urina de um humano saudável.

Zubkov disse na sexta-feira que mesmo que sua amostra tenha sido adulterada, não significava que ele era um trapaceiro.

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