O Atlético vive fase movimentada em duas frentes. No campo, o time briga ardorosamente contra o rebaixamento; na política, os bastidores estão a todo vapor para a eleição do dia 15 de dezembro. No entanto, no departamento Copa do Mundo as coisas caminham em sentido contrário. A candidatura do ex-presidente Mário Celso Petraglia fez a gestão dele na comissão responsável pelas obras na Arena da Baixada ficar em segundo plano. Dos 12 estádios escolhidos para sediar o Mundial de 2014, o do Atlético e o do Internacional são os únicos sem canteiro de obras instalado.
Pior: no caso rubro-negro, não há prestação de contas nem explicações sobre o andamento da obra. Nem mesmo o presidente do conselho deliberativo, Gláucio Geara, sabe como anda o processo. Sequer a reunião mensal – um compromisso assumido pela comissão da Copa para deixar conselheiros e diretoria a par de tudo que está sendo feito pela Sociedade de Propósito Específico (SPE) – tem sido respeitada. O encontro, que estava marcado para ocorrer no dia 27 de outubro, foi adiado sem data para ser remarcado.
Segundo Geara, ele teve solicitado pela comissão um adiamento da reunião, acatou o pedido, mas segue sem resposta ou informação alguma de quando o grupo deve prestar contas do que está fazendo. “Estou aguardando a manifestação por parte da comissão da Copa. Temos uma reunião atrasada. Pediram-me que adiasse, porque estariam trazendo novos elementos e eu estou aguardando. A reunião deveria ter sido mês passado”, disse Geara.
Desde que iniciaram a obras, na fase de fundação no terreno anexo à Baixada, não houve novas notícias. “Não tenho nada de novo, até porque a reunião que esperamos é específica para prestação de contas da comissão”, explicou o presidente do conselho.
Um dos pontos principais a serem abordados está relacionado ao empréstimo junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Mas a própria instituição já afirmou que nada foi aprovado ainda. Em texto no seu último boletim informativo, o banco informa que assinou mais três convênios para reformas e construções de estádios dentro do programa ProCopa. O Maracanã recebeu a primeira parcela de R$ 400 milhões, assim como o Mineirão deve receber o mesmo valor e o estádio Arena das Dunas, no Rio Grande do Norte, teve R$ 396,5 milhões liberados.
Porém, para o Paraná ainda não há previsão de aprovação do pedido. “Até o momento, nove das 12 cidades sedes solicitaram financiamento no âmbito do programa ProCopa. Desses, apenas o financiamento ao Estado do Paraná, no valor de R$ 123 milhões ainda não foi aprovado”, traz o texto do BNDES.