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Cerca de cinco mil pessoas compareceram ao porto de Itajaí neste domingo para acompanhar a largada da oitava etapa da Volvo Ocean Race. As embarcações deixaram o litoral de Santa Catarina rumo a Newport, nos Estados Unidos, em uma disputa que deve durar entre 17 e 18 dias – o percurso total dessa etapa é de 5.700 milhas náuticas (cerca de 10,5 mil quilômetros).

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A brasileira e campeã olímpica Martine Grael, do barco holandês da Akzonobel, foi o centro das atenções no evento que marcou o retorno dos sete veleiros à disputa. Mas a equipe chinesa do Sun Hung Kai/Scallywag foi quem teve a saída mais comemorada pelos demais velejadores.

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Isso porque eles precisaram correr contra o tempo para largar neste domingo. O veleiro chinês chegou somente na última quinta-feira, duas semanas depois das demais equipes, por conta da morte do tripulante John Fisher durante a sétima etapa.

Outra tripulação que também não finalizou a última perna da competição foi o Vestas 11th Hour Racing, de dupla nacionalidade – dinamarquesa/norte-americana. Eles tiveram o mastro quebrado, mas conseguiram consertar tudo e largaram rumos aos Estados Unidos.

O evento que marcou a saída das embarcações contou com a presença do prefeito de Newport, Henry Winthrop, e do prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni. Todos os velejadores desfilaram pela vila montada no porto e um representante de cada equipe falou rapidamente para o público antes de os barcos partirem. Martine Grael comentou sobre o período de descanso em seu País.

“Passei uns dias em casa após quase um ano fora. Foi bom dar uma ‘resetada’ para começar essa perna com energia. Tive bastantes compromissos aqui em Itajaí e estou muito feliz com a recepção do público”, comentou.

Em Itajaí, ela contou com a presença e a torcida do pai Torben Grael, campeão da edição 2008/2009 da Volvo, da mãe Andrea e da companheira de ouro olímpico, Kahena Kunze. Kahena foi a convidada do barco Akzonobel para ser a “leg jumper”. É tradição na saída de cada etapa um convidado ir junto com a embarcação e saltar no mar logo após a largada.

Ao deixar o porto, os veleiros foram até um ponto do mar e permaneceram por quase uma hora a fazer os últimos preparativos. Um barco de apoio então autorizou a saída. Os veleiros fizeram inicialmente um percurso de uma boia a outra em formato de “oito”, como na In-Port Race, a regata interna que aconteceu na última sexta-feira. Depois de três voltas completadas, com vento entre 10 e 12 nós (cerca de 20 quilômetros por hora), os “leg jumpers” saltaram para o mar e nadaram até a lancha de apoio. E os veleiros partiram para Newport.

Assim como na In-Port Race, o barco espanhol da Mapfre venceu o percurso, que não conta pontos. Desta vez, o time do capitão e campeão olímpico Xabi Fernández não deu chance aos adversários e liderou o tempo todo com folga. Em segundo lugar ficaram os chineses do Dongfeng. A barco de Martine Grael saiu em quinto lugar rumo a Newport.

Na classificação geral, o Akzonobel ocupa a quarta colocação. O barco chinês Dongfeng assumiu a liderança após a última etapa e está um ponto à frente do barco espanhol da Mapfre. O terceiro lugar é do barco holandês Brunel, que venceu a mais recente perna da competição com pontuação dobrada. O quinto lugar pertence aos chineses do Sun Hung Kai/Scallywag, seguido pelo Vestas, com o barco da ONU, o Turn The Tide on Plastic, em último lugar.

Além de Newport, haverá mais três etapas até o término da temporada 2017/2018 da Volvo Ocean Race, competição que acontece a cada três anos. Dos Estados Unidos, os veleiros cruzam o Atlântico rumo a Cardiff, no País de Gales. Depois seguem para Estrasburgo, na França, e terminam em Hague, na Holanda, em 24 de junho.