A nota enviada anteriormente informava, no segundo parágrafo, que Juninho rechaça a possibilidade de uma virada de mesa no Brasileirão do ano que vem. O imbróglio, porém, diz respeito ao Nacional deste ano. Segue a versão corrigida.
Pela primeira vez desde que o Vasco foi rebaixado no Campeonato Brasileiro, Juninho Pernambucano falou com a imprensa nesta quarta-feira em Pinheiral, onde o clube carioca realiza a sua pré-temporada. O jogador, que completa 39 anos no final de janeiro, renovou seu contrato com os vascaínos, mas não garante nem que disputará o Campeonato Carioca. Ele está sem entrar em campo desde 10 de novembro, quando machucou a coxa direita num jogo diante do Santos.
Na coletiva, Juninho mostrou serenidade ao comentar até mesmo a possibilidade de o Brasileirão deste ano ter 24 clubes, numa forma de encerrar a disputa judicial promovida por Flamengo e Portuguesa. O Vasco seria um dos beneficiados pela virada de mesa.
“Sou a favor de 20 equipes, sou contra a virada de mesa. Futebol tem que ser resolvido dentro do campo, como foi o nosso caso. Acabamos em 18º lugar, lamentavelmente fiz parte desse grupo, e também tenho minha parcela de culpa. É muito mais honroso jogar a Série B e voltar no campo”, opinou Juninho.
O veterano também não poupou críticas à CBF. Um dos líderes do Bom Senso FC, Juninho reforça a ameaça de o grupo realizar uma greve durante o Brasileirão se não tiver suas reivindicações atendidas.
“A CBF não recebeu o Bom Senso como deveria e não respeitou o movimento. A tendência é a de que o Brasileirão tenha uma paralisação de jogos e não mais protestos. Se a CBF não ouvir o Bom Senso, o campeonato vai ser paralisado. Não agora no Estadual, porque assim prejudicaríamos os jogadores dos times pequenos que mais precisam, mas no Brasileiro a intenção é essa”, alertou.
APOSENTADORIA – Na coletiva, Juninho também falou do seu atual momento no futebol. “Eu tinha decidido parar. O Rodrigo Caetano (diretor executivo) e o (presidente) Roberto Dinamite me ligaram e argumentaram que eu deveria tentar voltar a jogar no Campeonato Carioca e ter a oportunidade de terminar a carreira com uma imagem que não daquela lesão. Eu estou muito atrás do grupo, está sendo difícil fazer essa pré-temporada. O combinado é que se eu não conseguir eu vou parar. Futebol não se joga só com o nome.”
O veterano ainda não assinou nem o contrato que lhe colocaria em condições de jogar o Carioca. Assim, ainda não pensa em renovar para ficar para o Brasileirão. “Meus últimos contratos sempre de seis meses. É difícil prometer qualquer coisa, nem sei se vou jogar bem o Carioca. Se não tiver condição de correr, lutar, você vai acabar prejudicando a equipe. Mas a tendência maior é que, mesmo conseguindo jogar bem, eu pare no fim do Carioca.”