A nota enviada na quarta-feira (dia 11 de janeiro) continha um erro de informação: a classificação da equipe completa do Brasil não é inédita. Segue a versão corrigida:
A ginástica artística feminina do Brasil conseguiu um grande feito nesta quarta-feira. As brasileiras ficaram na quarta colocação do Pré-Olímpico e, assim, conquistaram a classificação da equipe completa, com seis ginastas, para a Olimpíada de Londres – será a terceira edição seguida dos Jogos Olímpicos em que a seleção feminina vai com a equipe completa. Itália, Canadá e França também garantiram vaga, após ficarem nas três primeiras posições da competição realizada na capital britânica.
A conquista da vaga no feminino permite que seis brasileiras briguem por uma medalha olímpica inédita. Caso conquistasse apenas uma classificação individual, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) teria que escolher uma única ginasta para ir aos Jogos de Londres e, assim, impediria que as demais competissem, mesmo tendo chances de pódio em determinados aparelhos.
No Pré-Olímpico disputado em Londres, o Brasil chegou à sua última rotação, a trave, precisando somar 52.208 pontos no aparelho para se manter à frente da Bélgica, a quinta colocada. Como comparação, no Mundial de Tóquio, no ano passado, as brasileiras conquistaram 53.199. Logo, bastaria não falhar e repetir o desempenho do Japão para comemorar a vaga olímpica.
Se tantas vezes as brasileiras falharam em momentos decisivos, desta vez elas buscaram forças nos erros do passado para somarem um total de 53.331 pontos, o suficiente para manter o Brasil no quarto lugar, à frente também da Coreia do Sul. Jade Barbosa foi a única que errou, jogando pressão para Daniele Hypólito, mas a mais veterana do elenco, com três olimpíadas no currículo, tirou 13.866 e comemorou.
O Brasil terminou o Pré-Olímpico com 217.985 pontos. A Itália liderou, com 224.621. Em segundo veio o Canadá, com 221.913. A França ficou em terceiro, com 220.744. Como comparação, no Mundial, em outubro, as brasileiras somaram 212.497.
A vaga olímpica também deve pôr fim à polêmica quanto aos rachas no grupo. Nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro, as brasileiras decepcionaram e ficaram até fora do pódio, em quinto lugar. Depois, expuseram atritos por conta de vaidades e também do debate sobre a recriação ou não de uma seleção permanente. No Pré-Olímpico, porém, falou mais alto o interesse coletivo de levar o Brasil com a equipe completa para a Olimpíada.
Na última terça-feira, pouco mais de um ponto afastou a equipe masculina do Brasil da vaga olímpica. Sem Diego Hypolito e Victor Rosa, ambos machucados, a seleção brasileira terminou o Pré-Olímpico em sexto lugar, duas posições abaixo do que o necessário. Mesmo assim, três ginastas brasileiros vão aos Jogos de Londres. Diego Hypólito e Arthur Zanetti já estavam garantidos por terem sido medalhistas no Mundial. E uma terceira vaga foi conquistada para o País por Sergio Sasaki, que ficou entre os 24 melhores do Pré-Olímpico – agora, ele mesmo deve ser o escolhido pela CBG para voltar a Londres, na Olimpíada.