A nota enviada anteriormente contém dois erros no último parágrafo. Segue a versão corrigida:
O vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, disse que o clube vai recorrer da decisão da 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que obriga o rubro-negro a pagar R$ 10 mil mensais para cada família vítima na tragédia do CT Ninho do Urubu. De acordo com o dirigente, o Ministério Público não tem “direito de entrar com ação”.
“Se quiserem fazer um acordo para receber mais, nós faremos acordo. Mas não reconhecemos no Ministério Público direito de entrar com ação. Proposta excepcional, muito boa, mas às vezes tem gente que quer tirar mais. Chegamos em um patamar que não temos como chegar para uma (família) e falar: ‘você que fechou vai ganhar menos'”, explicou o dirigente, durante a premiação para os melhores do Campeonato Brasileiro, no Rio de Janeiro.
Na semana passada, a 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que o clube pagasse o valor para as famílias dos 13 garotos envolvidos na tragédia – 10 mortos e 3 feridos. A ação, que partiu da Defensoria Pública e do Ministério Público estaduais, pede também a interdição do Ninho do Urubu e o bloqueio de ativos do Flamengo. Tais pedidos já foram indeferidos.
Desde a tragédia, ocorrida em fevereiro, o clube já paga R$ 5 mil mensais para cada família até que as disputas judiciais cheguem ao fim. Para cumprir o que determina a Justiça, o Flamengo pagaria R$ 120 mil por ano para cada família. São 13 no total, o que daria um custo de R$ 1,5 milhão por ano. Só pelo título do Brasileirão, o Fla recebeu R$ 33 milhões em premiação.