A nota anterior continha um erro no título e outro na ficha técnica. Segue a versão corrigida:

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O pior jogo até aqui da Copa do Mundo de 2018 foi disputado nesta terça-feira, no estádio Luzhniki, em Moscou. Desinteressadas, as seleções de Dinamarca e França fizeram um duelo feio, de trocas de bola sem objetividade e cujo empate por 0 a 0 (o primeiro deste Mundial), além de frustrar os mais de 78 mil torcedores que foram à partida, serviu para confirmar a classificação dos dinamarqueses às oitavas de final.

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As duas seleções (principalmente a França, já que a seleção é considerada um dos melhores elencos da Copa e antes do início do Mundial era apontada com uma das grandes favoritas) perderam a chance de embalar para a segunda fase, de mostrar um futebol vistoso ao seu torcedor Mas, mesmo quem perdesse a partida sairia de campo classificado já que, no outro jogo da chave, o Peru venceu a Austrália por 2 a 0.

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A seleção da França entrou em campo desfalcada de alguns dos seus principais jogadores, entre eles o goleiro Hugo Lloris, os zagueiros Samuel Umtiti e Benjamin Pavard, os meias Paul Pogba e Blaise Matuidi e ainda o atacante Kylian Mbappé. Pogba e Matuidi estavam pendurados com um cartão amarelo e o treinador Didier Deschamps resolveu deixá-los na reserva, de olho na partida das oitavas de final do Mundial da Rússia. Os outros foram poupados para recuperar as condições físicas ideais.

Em campo, o que se viu foi um primeiro tempo arrastado, sem quase nenhuma chance de gol para Dinamarca ou para a França, mas de muita festa para a torcida, que se empolgou logo no começo na hora da ola – havia muitos brasileiros no estádio, já que a seleção joga nesta quarta-feira em Moscou, contra a Sérvia, no estádio do Spartak. O primeiro lance mais agudo surgiu aos 14 minutos, quando Giroud finalizou para defesa segura de Schmeichel.

Perto dos 30 da primeira etapa, a França tinha cerca de 65% de posse de bola, contra apenas 35% da Dinamarca, que, recuada, parecia estar muito satisfeita com o empate sem gols. Aos 33, foi a vez de Dembélé tentar chegar ao gol. Ele recebeu passe da meia direita, deu um drible em Delaney e chutou firme, mas a bola passou ao lado da trave direita do goleiro dinamarquês.

Quem apareceu no fim da primeira etapa foi o trio de arbitragem brasileiro que comandava a partida – Sandro Meira Ricci e os auxiliares Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse irritaram os torcedores. Primeiro, aos 43, Lemar lançou Griezmann, em impedimento, na área. Antes de Van Gasse assinalar a marcação, o atacante girou e chutou por cima e só aí o bandeirinha assinalou a irregularidade.

Depois, aos 47, Griezmann partiu em velocidade em contra-ataque e sofreu falta dura de Mathias Jorgensen, que levou cartão amarelo. A falta poderia levar perigo ao gol dinamarquês. Poderia, porque Sandro Meira Ricci apitou o final do primeiro tempo e levou uma gigantesca vaia no estádio Luzhniki.

Com a vitória parcial da seleção do Peru sobre a Austrália, nem mesmo uma derrota eliminaria a Dinamarca. Isso parece ter feito a seleção se soltar um pouco mais. Sem se descuidar da marcação forte, os dinamarqueses subiram mais ao ataque no começo da segunda etapa e criaram boas chances.

A primeira surgiu aos 9, quando Eriksen arriscou cobrança de falta de longe. O chute foi forte, mas no meio do gol. O goleiro Mandanda bateu roupa e quase o atacante Cornelius chegou para abrir o placar para a seleção da Escandinávia.

A troca de passes sem o menor objetivo da seleção francesa começou a irritar a torcida russa, que optou por automaticamente a apoiar a Dinamarca, que criou mais uma boa oportunidade, quando Larsen ajeitou para Eriksen, que chutou torto, à direita do goleiro francês.

Sem nenhuma objetividade, a França continuava sem a menor inspiração e dependia de jogadas individuais para assustar o goleiro Schmeichel. Uma delas apareceu aos 25 minutos, quando Nabil Fekir, que havia acabado de entrar, carregou do meio-campo e na entrada da área arriscou de esquerda – a bola passou raspando a trave direita.

O jogo estava bem fraco e, para tentar alguma coisa que desse a vitória ao time, o técnico Didier Deschamps mandou a campo Kylian Mbappé. A entrada de um dos astros do Paris Saint-Germain até rendeu alguns aplausos, mas as vaias para o jogo que se arrastava eram maiores.

A última chance da partida, e talvez a maior do jogo, surgiu aos 37 minutos, quando Fekir recebeu de Mbappé e bateu forte, para a primeira, única e última grande defesa de Schmeichel na partida. Fim de jogo e muitas vaias para Dinamarca e França.

Com o avanço às oitavas de final como líder do Grupo C, com sete pontos, a França abrirá a próxima fase do Mundial em jogo marcado para começar às 11 horas (de Brasília) de sábado, em Kazan, onde terá pela frente o segundo colocado do Grupo D, que será definido ainda nesta terça-feira com os confrontos Islândia x Croácia e Nigéria x Argentina, às 15h. Já os dinamarqueses, que fecharam a primeira fase com cinco pontos, terão pela frente os líderes desta chave, no domingo, às 15h, em Nijni Novgorod.

FICHA TÉCNICA:

DINAMARCA 0 X 0 FRANÇA

DINAMARCA – Schmeichel; Daalsgard, Kjaer, Christensen e Stryger Larsen; Delaney (Lerager), Mathias Jorgensen e Eriksen; Sisto (Fischer), Braithwaite e Cornelius (Dolberg). Técnico:

FRANÇA – Mandanda; Sidibé, Varane, Kimpempe e Lucas Hernandez (Mendy); Kanté, Nzonzi, Lemar, Dembélé (Mbappe) e Griezmann (Fekir); Giroud. Técnico: Didier Deschamps.

ÁRBITRO – Sandro Meira Ricci (Brasil)

CARTÃO AMARELO – Mathias Jorgensen (Dinamarca).

PÚBLICO – 78.011 torcedores.

LOCAL – Estádio Luzhniki, em Moscou (RUS).