Quatro torcedores do Palmeiras envolvidos em briga com santistas, na altura do quilômetro 18 da Via Anchieta, neste domingo, foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Bernardo do Campo. No confronto, Leonardo da Mata Santos morreu ao ser atropelado no local. O corpo já foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Bernardo. O enterro será no Cemitério Parque Cerejeira, na zona sul de São Paulo, nesta terça-feira, às 10h. O velório, por sua vez, ocorrerá na noite desta segunda.
Dos quatro transferidos na manhã da segunda, três deles estavam detidos no 2.º Distrito Policial de São Bernardo. Outro envolvido se encontrava no Pronto-Socorro Central, também no município paulista. Ao receber alta, deixou o local acompanhado pela polícia. Mais dois torcedores palmeirenses estão internados sob escolta policial: Anderson Ricardo Figueiredo Vera, 25 anos; e Marcio Ramon de Souza, de 34 anos. O primeiro está no PS Central. Ele foi diagnosticado com múltiplas escoriações pelo corpo e trauma na face. Seu quadro clínico é considerado estável. A situação de Marcio expira mais cuidados. Ele está internado no Hospital Mário Covas, em Santo André, com politraumatismo.
A transferência dos quatro torcedores ocorreu na manhã desta segunda-feira, 20 horas depois da emboscada. Leandro Nobrega Martins, de 22 anos, Cecílio Cocuzzi Neto, de 26 anos, e Marivaldo dos Santos Souza, de 34 anos, estavam no distrito.
Já Jeverson José dos Santos, 24 anos, foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e deu entrada no hospital às 12h54 do domingo. O paciente sofreu algumas lesões no rosto, motivo pelo qual teve alguns dentes quebrados. Seu quadro clínico não foi considerado grave e ele também acabou transferido.
EMBOSCADA – Palmeirenses ligados à torcida organizada Mancha Alviverde da região do ABC armaram uma emboscada contra dois ônibus de santistas que seguiam do litoral para o estádio do Pacaembu. Testemunhas afirmaram que os santistas seriam integrantes das torcidas Sangue Jovem e Torcida Jovem. Quando os santistas passaram pelo local, sem a escolta policial que tradicionalmente é feita nos clássicos, eles foram apedrejados pelos rivais.
De acordo com o tenente Mauricio Bijarta, do 1.º Batalhão de Polícia Rodoviária, que estava no local, a confusão aumentou porque os santistas conseguiram revidar. Um torcedor do Santos que estava em um carro, acelerou para atropelar o grupo de palmeirenses.