Fim do amor

Zé Love foi embora do Coxa e cobra R$ 700 mil na Justiça

Zé Love foi embora e não deixou saudades em Curitiba. Com um futebol pra lá de irregular, com poucos gols, ficou devendo na temporada passada. Mas agora quem deve é o Coritiba. O atacante cobra R$ 700 mil do clube na Justiça. É isso mesmo, setecentos mil reais. O pior? O valor é referente a dois meses de salários atrasados, mais 13º salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) relativo ao segundo semestre do ano passado.

A primeira audiência do caso de Love, realizada segunda-feira e sem acordo entre as partes, representa a ponta de um iceberg de processos trabalhistas aguardados no Alto da Glória: entre remanescentes e dispensados, o Coxa tem pendências com praticamente todos os atletas que tinham contrato até o fim de 2014.

Um relatório elaborado ainda no ano passado pela atual gestão comandada pelo presidente Rogério Bacellar, então na condição de chapa oposicionista a Vilson Ribeiro de Andrade, aponta que o clube terminou 2014 devendo para atletas profissionais o total de R$ 2,9 milhões em salários, R$1,7 milhão em 13º salários e R$152 mil em férias.

Após a faixa de protesto carregada pelo elenco antes do clássico com o Atlético, no Couto Pereira, em outubro, o então presidente, Vilson, adiantou verbas de tevê para quitar os vencimentos atrasados. Mas somente até outubro. Os meses de novembro e dezembro, mais 13º e FGTS, ficaram para trás.

Para se ter ideia do futuro rombo, entre novembro e dezembro de 2014, os contratos de 33 jogadores chegaram ao fim no clube. A maioria não permaneceu. Este grupo de atletas representava custo de R$ 1,8 milhão mensais ao Coxa.

29 processos em 2014

Ainda segundo o relatório da chapa Coxa Maior, somente ao longo de 2014, o Coritiba sofreu 29 novos processos na área trabalhista. Nove deles de funcionários terceirizados e 20 de ex-funcionários. Das pendências do futebol, o relatório cita três de valor expressivo com risco provável de execução: R$ 4 milhões para Lincoln; R$ 5 mi para Deivid; e R$ 1,2 milhão para Bottinelli.

O presidente Rogério Bacellar admite o cenário pra lá de complicado. “Temos vários atletas que foram dispensados antes de assumirmos. Até médicos e pessoas da comissão técnica, que entraram com ações. Em alguns casos, nem pudemos iniciar negociação”, disse.

“Estamos deixando a coisa correr porque temos de ter fôlego para fazer o acordo. Estamos trabalhando no sentido de, quando uma pessoa for dispensada, termos caixa para pagá-la”, finalizou o mandatário alviverde.

Escolhas! Leia mais do Coxa na coluna do Massa!

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