Depois de ficar mais de um ano afastado dos gramados e de ter sua continuidade no futebol colocada em xeque por conta de uma grave lesão no joelho, o zagueiro Geovane reapareceu no Coritiba durante o empate em 1×1 diante do Boa Esporte, no último sábado (19), fora de casa. Para alguns, a partida pode ter sido apenas mais uma do Verdão na luta pelo acesso à primeira divisão, mas teve um gosto todo especial para o defensor. Um gosto, na verdade, de vitória, um sentimento de ter vencido as dificuldades e as desconfianças, e de ter dado a volta por cima.
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“Foi um período longo. Infelizmente fiquei fora por 11 meses e estou muito feliz por estar de volta, por ter essa oportunidade de jogar. Estou mais maduro e sempre falo que o que não me mata me fortalece. No início, eu não sabia se iria voltar a jogar. Estou mais forte e mais maduro. Agora vou trabalhar muito para buscar meu espaço na equipe”, cravou o defensor.
Tudo começou em abril de 2017, quando, em um treinamento, ele torceu o joelho, rompendo o ligamento cruzado. Passada a cirurgia, no pós-operatório vieram as dificuldades para fazer alguns movimentos. Foi então diagnosticado um novo problema e a necessidade de uma artroscopia.
Aos 21 anos, Geovane lembrou das dificuldades que enfrentou no período em que ficou afastado dos gramados. Depois de seis meses da primeira cirurgia, ele precisou passar por outro procedimento e, por isso, seu retorno aos gramados foi colocado em dúvida. Foram mais cinco meses até poder, enfim, fazer o que mais gosta.
“O prazo de recuperação de uma cirurgia como essa são nove meses, mas tive que fazer outra cirurgia depois de seis meses do pós-operatório. Fiquei mais cinco meses para voltar e hoje fazem três que voltei a treinar com o grupo. No começo, quando eu tive minha lesão, eu não sabia se ia voltar a jogar, mas desde o início procurei me manter com a cabeça boa e só tenho a agradecer a todos, ao clube, que me deu todo o suporte e hoje estou feliz por estar de volta”, contou o atleta, que estreou pelo profissional no Brasileirão de 2016, diante do Botafogo.
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O defensor vem se destacando nos treinamentos e, por isso, ganhou a chance de ser relacionado nas últimas partidas do Coritiba. Contra o Boa Esporte, substituiu Thalisson Kelven, machucado, aos 44 minutos do primeiro tempo e teve uma atuação segura. A tendência é de que Geovane seja titular diante do Vila Nova, nesta sexta-feira (25), às 21h30, no Couto Peireira, já que Alex Alves levou o terceiro cartão amarelo e terá que cumprir suspensão diante dos goianos.
Será, na verdade, mais um garoto das categorias de base que terá a chance no Coxa em 2018, ano em que o clube abriu espaço para os meninos revelados no clube. Deve formar, contra os goianos, dupla de zaga ao lado de Thalisson Kelven, titular absoluto da defesa alviverde.
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“De uns tempos para cá, aqui no clube foi dado mais oportunidade aos atletas da base. Estou trabalhando forte para quando a oportunidade aparecer aproveitar da melhor maneira possível‘, reforçou Geovane.
A atuação segura diante do Boa Esporte rendeu elogios do técnico Eduardo Baptista, o que reforça ainda mais a tendência de que ele comece jogando na sexta-feira.
“Destaco a entrada do Geovane, ele vem de um longo período. Entrou, pegou um atacante que nos deu bastante trabalho no primeiro tempo, o Baggio, e deu conta do recado, com velocidade e seguro. Cometeu acho que uma falta apenas. São jogadores que têm entrado e fortalecido o elenco”, finalizou o treinador.
