O Coritiba quer confirmar hoje o atacante Wellington Paulista como o principal reforço para a temporada. O jogador de 30 anos virá emprestado pelo Internacional e terá a difícil missão de acabar com a instabilidade da camisa 9 alviverde e também de interromper os altos e baixos da própria carreira.
O torcedor do Coxa está carente de um “matador”. Keirrison, artilheiro do Paranaense e do Campeonato Brasileiro de 2008, e o argentino Ariel Nahuelpán, principal goleador do Estadual de 2010, foram os últimos que corresponderam às expectativas das arquibancadas. Depois disso, ninguém se firmou como homem de referência na equipe.
Bill, o atacante do time que chegou ao recorde de 24 vitórias consecutivas em 2011, era irregular, assim como Leonardo, com quem disputou a posição ao longo de quase todo o ano. Deivid, aposta do clube nos dois anos seguintes, chegou a atender aos anseios dos alviverdes em alguns momentos, como quando marcou 8 gols nos 13 últimos jogos do Brasileiro de 2012, mas foi atrapalhado por lesões. Os salários atrasados também influenciaram no rendimento do atleta, que entrou na Justiça contra o Coritiba.
No ano passado, o camaronês Joel se destacou rapidamente no returno do Brasileiro, mas não houve nem tempo para os coxas-brancas se acostumarem com ele. Já em dezembro, foi negociado com o Cruzeiro e o setor mais uma vez ficou carente.
Agora chegou a vez de Wellington Paulista. “Ele está tranquilo, esperando para se apresentar. Já é um jogador experiente”, contou o empresário do atleta, Alexandre Oliveira, que explicou que um acerto na documentação entre os clubes impede o negócio de ser oficializado. “Amanhã (hoje) provavelmente ele deve chegar a Curitiba, mas pode ficar para quarta”, admite.
Instabilidade
Ao desembarcar, Wellington terá de lidar com os questionamentos relacionados à própria instabilidade na carreira. O faro de gol anda desajustado. O último gol dele foi anotado em 28 de maio do ano passado, na partida entre Inter e Chapecoense, ainda no primeiro turno do Brasileirão. Desde então, são 251 dias sem balançar a rede.
Nos últimos anos, ele registrou o melhor desempenho em passagens pelo Cruzeiro, em 2009 e 2012, com praticamente um gol a cada duas partidas. No entanto, na própria Raposa ele chegou a acumular um jejum de três meses sem marcar. No Criciúma, em 2013, também sofreu com um período de dois meses sem comemorar. Histórico para ser esquecido no Alto da Glória.
O primeiro passo do novo atacante alviverde que também teve uma passagem apagada e sem gols pelo Paraná, entre 2004 e 2005 é superar a concorrência interna para se titular. O principal “adversário” é o prata da casa Rafhael Lucas.
