A saída de Marquinhos Santos do Coritiba e a chegada de Argel Fücks ao Criciúma, esta semana, movimentaram ainda mais a dança dos técnicos no Campeonato Brasileiro, que anda agitada. Contando com os dois, já foram 20 trocas de treinadores. Se for considerar os interinos, que ocuparam o cargo provisoriamente, este número chega a 25, podendo aumentar para 26, assim que o Flamengo definir seu novo comandante, uma vez que o interino Jayme de Almeida segue provisoriamente no cargo.

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Um número que pode ser considerado alto, uma vez que foram disputadas 23 rodadas do Brasileiro, o que dá uma média de uma demissão a cada 0,8 rodada. Levando em consideração que cada clube vai fazer mais 15 partidas até o final do torneio – Atlético-MG e Ponte Preta ainda fazem 16, por conta de um jogo atrasado -, a tendência é que mais técnicos ainda percam seus empregos, elevando estas estatísticas. Um dos clubes que mais contribuíram para isso foi o Náutico, que estreou ontem Marcelo Martelotte, o quinto comandante só neste Brasileirão, enquanto apenas sete times estão com o mesmo técnico desde o começo.

Porém, historicamente, na era dos pontos corridos esta temporada é uma das que menos teve troca de treinadores. Considerando apenas os treinadores efetivos, 2012 foi o ano em que os clubes mais se comportaram e tiveram paciência, com apenas 20 mudanças, exatamente o número alcançado até aqui nesta temporada.

Do outro lado da balança, 2003 foi quando houve a maior impaciência no futebol brasileiro, com nada menos do que 40 trocas nos comandos das equipes. Porém, para aquele ano existem duas explicações para este alto número. O primeiro era o fato de que o regulamento de turno e returno era inédito e os clubes não estavam acostumados com um planejamento a longo prazo. O segundo é que aquela edição, assim como em 2004, contava com 23 clubes, totalizando 46 rodadas.

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O número de 20 equipes na elite do futebol brasileiro só foi alcançado em 2006, quando as demissões dos treinadores caíram para 28. Com este total de participantes, o ano em que mais aconteceram as trocas foi 2010, com 31 demissões em 38 rodadas, 0,81 troca por rodada, muito próximo da média atual.