Vilson deixa os holofotes e volta a atuar nos bastidores

Dentro do processo de reestruturação do clube – onde o principal objetivo é alçar voos maiores – o presidente Vilson Ribeiro de Andrade deixa os holofotes e volta a atuar nos bastidores. Com o comando descentralizado, funções antes acumuladas pelo mandatário, principalmente após a saída de Felipe Ximenes, ex-superintendente de futebol, passam a ser executadas por Mário André Mazzuco e pelo gerente de futebol Tcheco. ‘Nós dirigentes, presidentes, o G-5 (grupo que gere o conselho administrativo), temos que ter a estrutura da estratégia. A operação e o dia-a-dia têm que ser executado pelos profissionais. E essa mudança que a gente fez, com essa estrutura agora voltada ao futebol, é fundamental para o sucesso desse projeto’, afirma Vilson Ribeiro de Andrade.

Sem resultados expressivos nas principais competições disputadas em 2013, e com a conquista do tetracampeonato estadual sobre o maior rival representar o ápice da temporada, a diretoria viu o planejamento ruir, a ponto de ser completamente repensado para 2014. Para evitar a repetição de erros, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade, que sofreu com a exposição excessiva, voltou a se cercar de profissionais da bola. ‘Eu, como presidente, desci um pouco ao vestiário (ano passado). Mas não é bom isso. O presidente tem que ser a última palavra’, comenta.

De acordo com o mandatário a blindagem ao trabalho é fundamental na medida em que as funções da presidência transcendem a administração do clube. ‘Acho que o presidente tem uma missão institucional muito forte. Hoje eu represento os clubes brasileiros numa série situações, como a questão do fair play financeiro. Tenho trabalhado junto à CBF como uma ligação com o Bom Senso FC (movimento de jogadores profissionais que reivindica melhores condições de trabalho), convocado também pelos ministros do esporte e da justiça para discutir a questão da violência. E tenho a gestão do Coritiba e as minhas coisas particulares também. Eu não vivo do futebol, meu negócio não é o futebol, não tenho remuneração nenhuma. Apenas dedico a minha vida com amor ao Coritiba. Então essa blindagem é muito importante pra dar o suporte’, ressalta o presidente.

Quem também assume papel estratégico em 2014 é o vice de futebol Paulo Thomaz de Aquino. Atuante nos bastidores, ele está, ao lado de Tcheco e Mazzuco, à frente da reformulação do elenco. ‘Temos conversado muito sobre tudo dentro do Coritiba. Hoje não existe mais o eu, existe o nós. Temos agora uma comissão, um departamento de futebol onde discutimos a situação de atleta por atleta, a chegada e a saída de jogadores, pra que a gente minimize a possibilidade de cometer novos equívocos’, aponta.

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