A emoção de mais uma conquista estadual em plena Baixada, num gol do predestinado Henrique Dias, não poderia coroar de forma melhor o trabalho feito no Alto da Glória no início da temporada. Após a conquista da Segundona, mas com um ambiente político pra lá de conturbado, a nova diretoria assumiu o comando, mas demorou a tomar pé da situação, custou a acertar com o técnico Dorival Júnior e foi moldando o time do jeito que dava. A derrota no primeiro Atletiba poderia ter colocado tudo a perder, mas a união interna dos jogadores em torno de um título que poderia vir ajudou o time a se tornar campeão.
Não foi fácil, é claro, e vários obstáculos tiveram que ser superados na busca do caneco.
E, mais uma vez, o ambiente político atrapalhou. O coordenador de futebol Tonico Xavier (egresso da chapa de Domingos Moro) entrou em rota de colisão com o diretor de futebol Édison Mauad, que contratou Léo Mineiro à revelia do primeiro. As rusgas custaram o cargo de TX (principal aliado de Júnior no Alto da Glória) e, depois, também de Mauad, devido a insinuações de prevaricação. Ninguém foi acusado formalmente e panos quentes foram colocados sobre a situação.
Tudo isso enquanto o time sucumbia ao J. Malucelli no EcoEstádio. Mas a força interna da equipe superou os problemas e o poderia do Rubro-Negro, que vinha de uma incrível sequência de vitórias e justificava o apelido de Furacão. Com o gol de HD, o Coritiba retomou a hegemonia no Estado e embalou na temporada apesar do fracasso na Copa do Brasil ao ser eliminado em casa pelo modesto São Caetano.
A crise, que poderia explodir pelo fracasso na competição nacional, foi abafada pelas finais estaduais e todos acabaram dando a volta por cima.
