Por onde anda?

Três meses depois de ser contratado, Baumjohann perde mais espaço no Coritiba

Baumjohann chegou a quebrar a mão nos treinamentos, mas seguiu trabalhando normalmente. Foto: Albari Rosa

Experiente e com passagens por grandes clubes da Alemanha, o meia Alexander Baumjohann, contratado em julho pelo Coritiba, ainda não estreou com a camisa alviverde. A chegada do armador alemão surpreendeu quando anunciada pela diretoria, mas o jogador, até agora, parece não ter agradado e passado confiança ao técnico Marcelo Oliveira, mesmo com um custo benefício baixo para um clube que consegue manter com dificuldades suas contas em dia, mas que precisa de boas peças de reposição no seu elenco para deixar a zona de rebaixamento.

Sem sucesso na negociação envolvendo o meia Matías Suarez, do Belgrano, sonho da diretoria desde o início do ano, o Coxa apostou na chegada de Baumjohann, que vinha bem credenciado por suas passagens por Schalke 04, Borussia Monchengladbach, Bayern de Munique, Kaiserslautern e Hertha Berlin. Só que em quase três meses, ele foi relacionado somente em três jogos, sendo o último diante do Atlético-GO, na largada do segundo turno do Brasileirão, no dia 12 de agosto. Desde então, foi perdendo cada vez mais espaço.

Na época, Baumjohann sofreu uma fratura na mão durante os treinamentos, mas que não o tirou das atividades do dia a dia. De certo mesmo é que o alemão nunca conseguiu ganhar a confiança de Marcelo Oliveira. O treinador, inclusive, chegou a afirmar que não estava gostando dos treinamentos do atleta.

O armador chegou sem custos e o Coritiba arca apenas com seus salários. Nos bastidores, informações dão conta que Baumjohann teria sido contratato através do meia Lincoln, ex-jogador do clube e que tem uma dívida para receber do Verdão. A diretoria, no entanto, nega que a vinda do alemão tenha a ver com uma forma de abatimento de parte do passivo devido ao agora empresário.

Diante disso e sem tem ter mais margem para erros, o Coxa apostou, recentemente, na contratação do meia Rafael Longuine. Com isso, Baumjohann perdeu de vez seu espaço, sendo esquecido pela comissão técnica alviverde.

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Curiosamente, jogadores como o lateral-direito Rafinha, do Bayern de Munique, e o lateral-esquerdo Zé Roberto, do Palmeiras, que jogaram com Baumjohann foram só elogios ao ex-companheiro.

“É um jogador diferenciado, tem muita qualidade técnica e força. Quando ele veio jogar no Brasil, eu até comentei com o Lincoln, representante dele, que a vinda dele iria agregar muito para o futebol brasileiro. Só não entendi o por que ele ainda não estreou. É um jogador com muito potencial. Ele já está há um tempo no Brasil para poder jogar. Dispensa comentários. Quando pegar ritmo de jogo, vai ajudar muito o Coritiba”, afirmou Zé Roberto, em entrevista à rádio Banda B.

Baumjohann, mesmo vindo do futebol alemão, conhece bem a cultura brasileira, já que é casado com uma brasileira há dez anos e vinha constantemente ao Brasil. Sua adaptação, então, foi fácil, mas o futebol não foi suficiente para fazer o meia estrear pelo Verdão e mostrar que tem qualidades de acabar com os problemas de criação do time.