Aqui não!

Torcida do Coritiba faz protesto em frente ao Couto Pereira

Se no domingo da semana passada pouco mais de 20 pessoas haviam aparecido para se posicionar contra o aluguel do Couto Pereira para o Atlético, ontem cerca de 500 torcedores foram protestar contra a Federação Paranaense de Futebol. Com gritos de guerra que tinha como alvo o presidente Hélio Cury, o grupo iniciou um abaixo assinado para entrar na Justiça e evitar que o Alviverde corra algum risco de ter que ceder o estádio para o arquirrival.

Na opinião dos que estavam lá, está cada vez mais difícil um acordo e a tendência é que novas manifestações sejam promovidas para “marcar território”. “Eu até era favorável ao aluguel por R$ 250 mil ou mais, mas imposição jamais. Não vivemos em época de ditadura. Isso aqui é um estádio privado e jamais alguém pode chegar aqui, impor e ainda dizer que o aluguel é R$ 30 mil. Se nós decidirmos alugar, nós é que vamos dizer o preço e quando eles vão poder usar”, dispara o torcedor Gilmar Pinto.

Para manifestar a indignação, os torcedores deram um abraço ao Couto. “Nós temos que nos unir e manifestar nosso apoio ao Coritiba contra a arbitrariedade da federação, que é uma vergonha. O Couto é um estádio particular e não é suscetível a aluguel por imposição, ainda mais por um preço aviltante”, diz a torcedora Ana Carolina Iaczinski da Silva.

O fator Copa do Mundo também pesou na decisão de alguns torcedores, que consideram que o Atlético já tenha sido beneficiado demais com benesses do poder público. “Eu sou contra a utilização do dinheiro público para as obras da Copa do Mundo, porque não é um estádio público, é um estádio particular. Principalmente devido a essa palhaçada da Federação, que quer impor ao Coxa que ceda o estádio ao Atlético. Eles têm que tomar vergonha na cara e saber que coisa particular não pode ser cedida”, justifica Rafael Costa Monteiro.

Segundo ele, o Rubro-Negro nunca fez nada pelo Coxa. “Eles chegaram a beneficiar o Coritiba em alguma coisa? Se depender do Atlético, o Coritiba está morto, fuzilado!”, esbraveja Monteiro. O também torcedor Francisco Lima Júnior, que estava no protesto anterior, concorda. “Eu considero o movimento contra aquele contexto da Copa do Mundo. A truculência da federação, esse tipo de atitude, quem faz isso é porque está muito seguro que tem o poder absoluto. A grande parte da torcida é contra o contexto da Copa do Mundo e o contexto dos benefícios que o Atlético está tendo”, complementa.

Por isso, a diretoria alviverde está recebendo o apoio para entrar na Justiça, apesar de ninguém da cúpula do clube ter prestigiado a movimentação. “É bem isso que eles têm que fazer: ir à Justiça, ir atrás dos nossos direitos e brigar por aquilo que ela acha que é justo”, destaca Pinto. Sem bandeiras ou lideranças, o movimento espera conseguir uma maior adesão das próximas vezes. “A mobilização está sendo espontânea, não existem políticos profissionais no meio. É de rede social e a tendência é cada vez aumentar mais. Cada vez que vier uma ação contrária ao Coritiba, mais o pessoal vai reagir e a diretoria va ter que ir até o fim como o Vilson (Ribeiro de Andrade, presidente) declarou”, finaliza Lima Júnior.

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