Não deu para o Coritiba, mas a esperança de ver o Verdão novamente campeão nacional levou coxas-brancas de todas as gerações ao Couto Pereira. Para o jogo de ontem, apenas não era aguardado o maior público dos últimos dez anos pelo fato de as arquibancadas terem sido demarcadas no final de 2003, diminuindo a capacidade do estádio.

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O maior público dos últimos tempos ocorreu na final do Campeonato Paranaense 2003, contra o Paranavaí, com 47.208 pagantes. Ontem, 31.516 torcedores foram ao estádio. As redondezas do Couto chegaram a ficar completamente tomadas por alviverdes, dificultando o acesso de veículos e até mesmo a passagem de pedestres.

Um dos presentes, ansioso pela primeira final coxa-branca no cenário nacional sendo decidida dentro de casa, foi o aposentado Armin Gabardo, 70 anos, que em 1985 foi até o Rio de Janeiro acompanhar a final do Brasileiro. “Fui ao Maracanã. Depois de tanto tempo, chegou a hora de ver uma grande decisão com os mais novos”, disse ele, acompanhado da família.

Já os mais jovens também marcaram presença. “Venho sempre com meus pais”, disse o estudante João Gabriel Keuber, 10 anos, acompanhado de seu irmão Leonardo, 11, e de seus pais Georgiana e Luís Fernando, que estufaram o peito pra dizer: “Esses são sócios kids. Não perdem um jogo”.

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Outro coxa-branca que não mediu esforços para ver seu time em campo foi o jovem Jonathan Bacule, 18 anos. Impossibilitado de andar, ele teve de contar com ajuda para se locomover de cadeira de rodas ao Couto.

“É muito difícil o acesso. Tivemos de deixar o carro a mais de seis quadras. Deveriam liberar passagem de carros com cadeirantes. Mesmo assim, são sacrifícios que a gente faz para que meu filho possa acompanhar as partidas”, disse mãe do torcedor, Denise Bacule, 46.

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Ambulantes

Diante de tanta movimentação nas redondezas do Couto Pereira, quem aproveitou para ganhar um dinheiro extra foram os ambulantes. Eram vendidos desde bandeiras e faixas até churrasquinho, pipoca e doses de tubão, bebida que mistura cachaça e refrigerante.

“Não vendi a rolê, mas estão comprando bem mais que em São Januário”, disse o vendedor de bandeiras Edinaldo Souza Santos, 40 anos, que mora em São Paulo e viaja por todo Brasil para jogos importantes.