A torcida do Coritiba se despediu ontem do primeiro jogador brasileiro homenageado pelo fair play dentro de campo. Trata-se de Antônio Motta Espezim, o Tonico, que morreu aos 97 anos.
Sua chegada ao Alto da Glória ocorreu em 1940. “Em 1939, ele defendeu a Seleção Catarinense que venceu pela primeira vez o Estado do Paraná, por 3 x 2. Pela atuação, a diretoria do Coritiba resolveu contratá-lo”, explica o historiador Guilherme Straube, integrante do grupo Helênicos.
Em campo, a grande marca de Tonico foi a lealdade, o que lhe rendeu o prêmio Belfort Duarte em 1948. O coxa-branca era visto como um marcador implacável, como enaltece o historiador do grupo Helênicos. “Ele não machucava ninguém. Era perfeito ao desarmar jogadores e, por isso, foi premiado.”
A posição de Tonico no Coritiba era a de “half-direito”, uma espécie de lateral dos dias atuais. O nome era muito comum na época do sistema de formação tática denominado WM.
Nascido em Santa Catarina, o primeiro clube de Tonico foi o Pery, de Mafra. Como jogador do Coxa, em 1942, ele chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira. Foi cortado apenas por motivo de contusão.
