Ainda mais contra a Ponte

Torcida alviverde perde a paciência, berra e não perdoa vexame

Acabou definitivamente a trégua entre a torcida do Coritiba e o time. Ainda na zona de rebaixamento e, depois de mais um empate dentro de casa, desta vez diante da Ponte Preta, o clima ficou quente nas arquibancadas com os protestos do torcedor alviverde. “O torcedor tem o direito de protestar. É justo. Eles têm que cobrar e temos que trabalhar para mudar isso. A bola não está entrando e já são 180 minutos sem fazer e sem tomar gols”, lamentou o meio-campo Thiago Galhardo. A situação ruim em que se encontra no Brasileiro atrapalhou o time desde o começo. Ansiosa, a equipe errava demais e a paciência do torcedor acabou rapidamente. Nem mesmo o atacante Rafhael Lucas e o lateral-direito Rodrigo Ramos, crias da base, se salvaram das vaias. Somente o goleiro Wilson, que garantiu o empate no primeiro tempo, passou ileso.

Apesar do pedido de raça, o Coritiba não engrenou no segundo tempo, falhou demais e não conseguiu voltar a vencer. Ao apito final, a torcida, aos gritos de “vergonha”, protestou.

Mistura

O atacante Rafhael Lucas, que teve apenas uma chance no duelo contra a Ponte Preta e, na cara do gol bateu em cima do goleiro da Macaca, foi substituído na metade do segundo tempo e deixou o gramado do Couto Pereira vaiado por uma parte da torcida e aplaudido pelo restante dos torcedores presente no Alto da Glória. O jogador completou seu terceiro jogo como titular e o terceiro sem marcar gols.

Esperança é se recuperar fora

Com mais um empate sem gols dentro de casa, desta vez diante da Ponte Preta, ontem à noite, o Coritiba, afundado na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, terá agora dois jogos seguidos fora de casa para tentar se recuperar na competição nacional. Mesmo lamentando mais um tropeço no Couto Pereira, o foco agora do time coxa-branca é nas duas partidas que o Verdão terá fora de casa contra São Paulo e Figueirense.

“Temos dois jogos seguidos fora de casa. Temos que nos mobilizar no primeiro jogo contra o São Paulo e temos que arrumar uma maneira de pontuar, pois o nosso índice de aproveitamento fora de casa é muito baixo.
Vamos desenvolver um trabalho para fazer um jogo consistente no Morumbi para tentar surpreender o São Paulo”, explicou o técnico Ney Franco.

O zagueiro Leandro Silva lamentou a chance do Coxa vencer mais um jogo dentro de casa. “Tivemos uma postura um pouco diferente no segundo tempo, buscamos o gol, mas não conseguimos fazer. Tínhamos o pensamento de conquistar seis pontos, mas fizemos dois e vamos buscar agora pontuar fora de casa para tirar o clube dessa situação”, emendou.

O meio-campo Lúcio Flávio frisou que o time coxa-branca tem que trocar a lamentação de mais este tropeço pela mudança de postura para conseguir vencer o São Paulo, fora de casa. “Não adianta ficar lamentando e temos que recuperar rapidamente dentro da competição. É ruim esse empate em casa e agora a postura do time tem que mudar fora de casa, onde precisamos melhorar bastante”, finalizou o camisa 8.

Time desorganizado

Sofrendo com os contra-ataques, o Coritiba voltou com Norberto no lugar de Rodrigo Ramos, que sentiu a pressão do jogo. A defesa passou a se posicionar melhor, mas os erros de passe continuavam e o nervosismo aumentava. Várias chances foram perdidas porque a bola não chegava na frente.

Na base da empolgação, o Cori tentou buscar o crescimento no jogo. Conseguiu quando Paulinho entrou. Meio atabalhoado, o atacante ainda é mais efetivo, e nesse momento até merece ser titular. No ritmo dele, aos trancos e barrancos, os donos da casa passaram a pressionar.

E aí Marcos Aurélio chamou o jogo. Começou a arriscar. Ia fazer um golaço numa bicicleta, mas a bola bateu em Pablo – guarde esse nome. Sem oferecer riscos à defesa alviverde, a Ponte parecia acomodada com o empate, e assim aumentou a pressão coxa-branca. Mais na base do erro do que no acerto, mais no coração que na organização.

Partindo pra cima, o Coxa passou a ter mais oportunidades. Henrique e Esquerdinha pararam em Marcelo Lomba. E Marcos Aur&eacute,;lio, que chutou nove bolas no gol da Ponte, viu a vitória escapar em dois saltos de Pablo, que tirou do caminho dois arremates que certamente venceriam o goleiro da Macaca. A luta do time (que terminou esgotado) não foi suficiente para evitar as vaias. Tristes, os torcedores foram embora do Couto Pereira preocupados com o futuro do Coritiba – dentro e fora de campo.

Vacilo! Leia mais do Coxa na coluna do Massa!

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