No domingo que marcou o rebaixamento do Coritiba no ano do centenário, torcedores revoltados invadiram o campo e destruíram parte do Couto Pereira. Uma semana depois, coxas-brancas se agruparam para mostrar que amor e carinho são mais fortes que a violência. Ontem, eles deram um abraço coletivo no estádio do clube.

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“Sabemos que os culpados pelo vandalismo são meia dúzia, inclusive alguns já foram presos. Mesmo assim, é uma forma de pedir perdão por um ato que não cometemos. Queríamos mostrar a cara da verdadeira torcida coxa”, explica um dos responsáveis pelo evento, Edson Fink.

Fundador do Movimento Unido Coxa (MUC), em 1967, Edson ficou barbarizado pelas cenas de terror protagonizadas após a partida contra o Fluminense. “Essa violência afasta mulheres, crianças, idosos e famílias dos estádios. Mas o Coritiba é uma grande família. Não podemos permitir que criem uma imagem mentirosa do nosso time e destruam todo um sentimento construído ao longo de 100 anos de história”, ressalta.

Inicialmente, o amoroso protesto estava marcado para o dia 19. No entanto, foi antecipado por causa do julgamento que ocorre amanhã, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

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“Essas pessoas que generalizam torcedores do Coritiba como terroristas podem agora repensar tudo aquilo que falaram sobre nós. Precisam saber diferenciar os que existem apenas para destruir daqueles que amam de verdade e estão dispostos a reconstruir”, conta.

Um dos torcedores que resolveram literalmente abraçar a causa é o jornalista Guilherme Prendin Ochika, 30 anos. “Esse é o verdadeiro programa pra se fazer em família. Mostrar o quanto amamos o Verdão. Eu abraço o Couto Pereira, sim. Mas o que não posso é abraçar o trabalho da atual diretoria. Essa, além de não conquistar nada no centenário, ainda nos rebaixou pra Segundona”, opina.

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