O clima tenso visto durante a derrota para o São Paulo se estendeu após a partida. Torcedores do Coritiba, mesmo com todo o esquema de segurança organizado para a partida, tentaram invadir o vestiário para cobrarem alguns jogadores de maneira mais forte e houve um tumulto generalizado.
A entrada dos torcedores teria acontecido pelo estacionamento onde ficam os carros dos jogadores. Alguns veículos foram atingidos e danificados. O volante João Paulo e o meia Thiago Galhardo tentaram fugir das agressões e foram pedir apoio dos seguranças informando que o vestiário tinha sido invadido. Para se proteger, Galhardo precisou se esconder no vestiário do São Paulo e deixou o local com segurança cerca de 40 minutos depois. “A
gente conversou pouco. Quando ele estava entrando no vestiário, viu um monte de torcedor encontrar com eles no vestiário. Ele correu no momento certo e acabou ficando no nosso vestiário. É triste essa situação e bom que não aconteceu nada com ele”, declarou o volante Rodrigo Caio do São Paulo.
Ney Franco lamenta confusão
Apesar do relato de alguns jogadores, que confirmaram que o vestiário, havia sido invadido por torcedores, o técnico Ney Franco garantiu que isso não aconteceu. De acordo com ele, o grupo chegou até a porta do vestiário, fez muito barulho, bateu na porta, mas a invasão de fato não aconteceu. “Não teve invasão. O grupo de torcedores conseguiu chegar pelo estacionamento próximo ao vestiário e fizeram uma manifestação. Não chegaram a entrar no vestiário, estiveram próximos da última partida e houve a confusão lá fora, muito grito e muitos jogadores se assustaram, assim como eu”, confirmou o treinador.
A manifestação mais acalorada do torcedor após a partida, segundo Ney Franco, não traz benefício algum para o time, que luta para sair da zona de rebaixamento e fará, no próximo sábado, um confronto direto contra o Figueirense, no Couto.
“É a segunda vez que acontece isso. Não foi benéfica e nunca é boa. Esse tipo de pressão não traz benefício nenhum, principalmente para o desempenho em campo, que pode fazer alguns jogadores até se esconderem. Temos a semana para trabalhar para ter condição de fazer uma boa partida contra o Figueirense”, concluiu.
Susto
O zagueiro Ednei relatou o que ouviu da confusão. “Começou uma correria muito grande e parecia que muita gente estava ali. Estava mais perto da porta, não sei se houve agressão e quem ficou lá dentro. Só ouvi o barulho, muitas vozes e todo mundo começou a correr”, frisou. Esta foi a segunda vez que torcedores causam confusão. A primeira vez foi na derrota por 1×0 para o Flamengo. Na ocasião, a entrada foi facilitada por alguns conselheiros do clube.
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