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Tensão, apoio e alívio. A noite do Coritiba no Couto Pereira

"A torcida foi fundamental", resumiu o meia Tiago Real. Foto: Marcelo Andrade

SELO_COXA_BARRA_1COLO jogo desta quinta-feira (16) contra o Flamengo talvez tenha sido o que mais deixou clara a tensão do Coritiba. Afinal, era obrigação vencer para se afastar da zona de rebaixamento, e os jogadores não queriam repetir os erros que tiraram dois pontos no empate com a Ponte Preta. Foi preciso muita conversa e muita luta para que isso acontecesse. E com a ajuda decisiva da torcida alviverde.

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A mobilização chegou a novos níveis. Antes da partida, a “rua de fogo”, o helicóptero com um painel de LED (o mesmo que certa vez ficou “incomodando” o ex-presidente Lula) e o “Green Hell”. Depois, a participação efetiva, principalmente no momento mais complicado do jogo, quando o Flamengo se colocou dentro do campo alviverde para aumentar a pressão. “O que a torcida fez nos últimos quinze minutos do jogo foi determinante para a vitória”, resumiu Tiago Real.

Em campo, os alviverdes estavam mais nervosos que o normal. Tanto que a bola parecia queimar os pés dos jogadores. Após o gol de abertura do placar, o Coritiba foi pressionado – a pressão apenas foi mudando de intensidade. “Não conseguimos jogar com a bola no pé”, disse Cléber Reis, o autor do gol coxa. “A gente achou um gol”, resumiu Alan Santos. “A gente tinha que ser mais efetivo”, completou Tiago.

Dodô, que jogou mais avançado, luta pela jogada com Lucas Paquetá. Foto: Marcelo Andrade
Dodô, que jogou mais avançado, luta pela jogada com Lucas Paquetá. Foto: Marcelo Andrade

O nervosismo chegou a tal ponto que na saída para o intervalo Werley, Cléber Reis e Thiago Carleto saíram discutindo feio. Logo os três, responsáveis (junto com Wilson) pelos quatro pontos conquistados diante da dupla Fla-Flu. “Eu tenho um respeito e uma admiração muito grandes pelo Werley. Tudo que fizemos era pra melhorar o time”, relatou Carleto, que deu sua oitava assistência no Brasileirão – é o jogador de defesa que mais deu passes decisivos no campeonato.

O resultado do bate-boca foi uma melhora defensiva. Se o Flamengo pressionou mais no segundo tempo, não houve um lance de perigo real para o gol de Wilson – que no primeiro tempo tinha feito um milagre num chute de Lucas Paquetá. “Mas foi um jogo muito difícil”, garantiu Cléber Reis. “Suportamos muita pressão”, desabafou Carleto.

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Ao final, a blitz do Flamengo ficou nisso, uma blitz sem gols. “Ainda não garantimos, mas demos um passo grande. Com muita hombridade vamos até o fim”, disse o lateral-esquerdo do Coxa. “Foi bom demais. E com o apoio da torcida, que não tem nem como definir o que eles fizeram”, festejou Dodô, que jogou improvisado mais à frente. “Hoje o que valia eram os três pontos. Demos uma respirada, mas ainda falta alguma coisa. E se tudo der certo, temos ainda alguns objetivos olhando pra cima da tabela”, finalizou o técnico Marcelo Oliveira.

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