Técnico e jogadores não falam a mesma língua

A goleada por 5 x 1 sofrida para o Corinthians, no sábado passado, no Pacaembu, não será esquecida tão cedo pelo Coritiba. Não só pelo resultado em si, mas pelas consequências que o resultado trouxe. Com 45 pontos, o time não corre mais nenhum risco de rebaixamento e está longe de viver uma nova crise, mas a divergência de opiniões após o jogo deixou o clima um pouco “tenso”.

Ao deixar o gramado, o meio-campo Rafinha declarou que a atuação coxa-branca foi reflexo daquilo que foi realizado ao longo da semana, quando todos relaxaram após a vitória por 1 x 0 sobre o Atlético-MG, que acabou com chances de queda, e diminuíram o ritmo nos treinos. “Entramos devagar. O treinamento na semana foi devagar, totalmente diferente do foco que a gente vinha tendo até conseguir a pontuação que dá uma tranquilidade para trabalhar. Acaba refletindo dentro de campo. Serve para que a gente possa treinar mais forte esta semana. Tem mais três jogos, e só depois do campeonato a gente começa a pensar em férias”, disparou.

Algo que o técnico Marquinhos Santos prontamente negou. De acordo com o treinador, o planejamento foi o mesmo que vinha sendo realizado anteriormente, mas que as fatalidades ocorridas durante os 90 minutos culminaram na goleada. “A programação foi a mesma, o conteúdo e o volume de treino foram os mesmos aplicados antes. Nós não temos que mudar o planejamento ou o conceito que veio dando certo até esta rodada. Foi um jogo atípico, onde tudo deu errado. Acredito que o gol saiu muito cedo, em uma penalidade e, aos 20 minutos, já estava 3 x 0”, afirmou o comandante alviverde, que ressaltou que não vai mudar sua postura por conta da derrota. “Com certeza, sob o meu comando, não só pelo placar, mas por tudo o que ocorreu, foi a pior partida sob meu comando. Mas não vejo necessidade de mudar. A única coisa que nós tiramos é o aprendizado. Ele é muito grande nas derrotas”, completou.

Para piorar, o Coritiba agora praticamente perdeu qualquer objetivo no Brasileirão. Se antes a equipe sonhava com o simbólico título do segundo turno, com a derrota de sábado, o Coxa caiu para o quinto lugar, com 26 pontos, e viu o líder Fluminense, com a vitporia sobre o Palmeiras, abrir uma diferença de oito. A meta, agora, é terminar a competição na melhor colocação possível – no momento, é o 14.º. “Dentro do planejamento de conquista do returno, o meu pensamento era de três vitórias em quatro jogos. Ou seja, perdemos uma e temos três jogos para conquistar as vitórias”, afirmou Marquinhos Santos.

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