Exceto Flávio Murtosa, eterno escudeiro de Felipão, e Milton Cruz, que desde 2003 é trabalha no São Paulo, poucos são os auxiliares técnicos conhecidos pelos torcedores. A grande maioria chega com o treinador e vai embora sem sequer ter seu nome lembrado. Tcheco, que saiu da condição de jogador para integrar a comissão técnica, não pretende fazer parte da lista dos desconhecidos. Desde que assumiu o cargo de ajudante de Marquinhos Santos, ele se mostra muito participativo, trocando ideias com o treinador e com autonomia para cobrar os jogadores, tanto nos treinos quanto nos jogos. “Eu falava muito dentro de campo. Agora é uma nova adaptação que estou passando e, às vezes, no calor do jogo a gente acaba tendo uma reação que não é muito comum para um auxiliar. Mas não vejo problema nenhum chamar o treinador para tentar alertar de alguma situação ou até mesmo dar uma bronca ou aplaudir um jogador. Não quero mudar o padrão de auxiliar. É apenas o meu jeito”, explicou.
O motivo para tanta empolgação talvez seja a alegria dele em ocupar o cargo. Cansado da rotina que exerceu ao longo dos 16 anos como atleta, ele resolveu se retirar dos gramados nesta temporada e, logo em seguida, assumiu o cargo de coordenador de futebol, para ajudar Felipe Ximenes. Porém, não era ali o lugar dele. Dentro de campo, Tcheco se sente mais à vontade. Por isso, aceitou com gosto a mudança no cargo. “É uma função que depois que eu parei de jogar é onde eu me vejo no futebol. Resgatei um pouco aquele prazer de ajudar dentro do futebol. Ser coordenador técnico exige muita política e jogo de cintura, que não é muito minha cara. Dentro de campo é que eu sei o que fazer. Por isso, pego muito no pé de um ou de outro e eles entendem esta situação. Lógico que o Marquinhos é quem toma as decisões. Estamos ali para auxiliar realmente, mas estou tomando gosto pela coisa”, disse.
Entretanto, a participação de Tcheco no dia a dia de fato será maior em relação a outros auxiliares técnicos. Ele vai revezar as entrevistas com Marquinhos Santos e usar sua popularidade para blindar o treinador. “A diretoria agora está adotando essa posição, para o treinador não falar toda a semana”, completou o popular auxiliar técnico.