O presidente da Império Alviverde, Reimackler Alan Graboski, e outros cinco integrantes da torcida organizada foram pronunciados para o Tribunal do Júri de Curitiba. Eles são acusados de tentativa de homicídio e invasão de campo, que fere o Estatuto do Torcedor. O crime aconteceu ao final da partida entre Coritiba e Fluminense, no Couto Pereira, que culminou com o rebaixamento da equipe paranaense, em 6 de dezembro de 2009. Além do líder da torcida, sentarão no banco dos réus Adriano Sutil de Oliveira, conhecido como “Adrianinho”, Allan Garcia Barbosa, Gilson da Silva, Renato Marcos Moreira, e Sidnei César de Lima.
Conforme denúncia do Ministério Público, a revolta de parte da torcida, em função da queda do time para a Série B do Campeonato Brasileiro, originou invasão de campo e quebradeira, dentro e fora do estádio. Diversos torcedores promoveram tumulto e incitaram outras pessoas à violência contra jogadores, árbitros, torcedores do Fluminense, funcionários do Coritiba e policiais militares.
Na tentativa de conter a ira dos baderneiros, quatro policiais militares ficaram feridos. A principal vítima foi o soldado Luís Ricardo Gomides, que quebrou o nariz, perdeu três dentes e sofreu ferimentos na perna esquerda. Durante as agressões, ele desmaiou e teve que ser protegido pelos colegas. Mesmo com o policial inconsciente no gramado, o ataque dos torcedores continuou e também ficaram feridos os policiais Osmar José Moreira Lopes, Jean Oliver Plint e Serverian Loniuchowicz.
De acordo com a denúncia, os acusados invadiram o campo e arremessaram objetos nos policiais, como placas de publicidade, cadeiras de plástico, hastes de metal, cartuchos de rojão e até o tripé de uma câmera. Para a juíza Mychelle Pacheco Cintra, “o episódio representou verdadeira desordem e confusão e teve diversas pessoas envolvidas praticando variados atos de violência”.
Prisões
Dias após a confusão, 18 envolvidos na pancadaria foram presos. A sede da Império foi interditada, e foram apreendidos quatro armas, 500 gramas de maconha, computadores, bandeiras e materiais que incitam a violência. Dos acusados, sete foram denunciados pelo Ministério Público, mas um foi inocentado.