Carinho

Saudades e emoção marcam velório do ex-goleiro Jairo, ídolo do Coritiba

Ex-jogadores, como Dirceu Krüger, foram ao velório de Jairo, que também foi homenageado com bandeiras de Coritiba, Corinthians e Joinville, clubes que defendeu na carreira. Foto: Felipe Rosa

Saudades, emoção e lembranças. Essas são algumas palavras que definem o sentimento no velório do ex-goleiro Jairo Nascimento, ídolo do Coritiba, que acontece na Igreja do Evangelho Quadrangular do Água Verde. Aos 72 anos, o ex-jogador faleceu na quarta-feira (6), vítima de um câncer. Bandeiras do Coritiba, Corinthians e uma camisa do Joinville foram colocadas em cima do caixão do ex-arqueiro, que fez história nesses clubes. No Verdão, ele mantém o recorde como o jogador que mais vestiu a camisa do clube, com 410 partidas.

Na despedida, a presença de familiares, ex-companheiros, dirigentes do Coxa e muitos torcedores, inclusive de outros times. Cláudio Marques, Vavá, Hidalgo, Reinaldinho e Aladim foram apenas alguns dos ex-jogadores que fizeram questão de dar adeus ao ‘Muralha de Ébano’. O ex-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, também esteve presente. Os amigos lembram acima de tudo do jeito simples, das brincadeiras e da humildade do ‘Pantera Negra‘.

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“O Jairo foi um ícone, sempre muito humilde, brincalhão. Um baita homem de quase dois metros, mas era menino de tudo, nunca teve maldade nenhuma. Fica a saudade”, falou Aladim.

“Como companheiro sempre foi excepcional. Acho que ele era humilde demais até pela sua grandeza. Fica o legado pelo seu trabalho e companheirismo”, relembrou Hidalgo.

Jairo Nascimento, filho de Jairo, ressaltou as qualidades do pai. Foto: Felipe Rosa
Jairo Nascimento, filho de Jairo, ressaltou as qualidades do pai. Foto: Felipe Rosa

O filho de Jairo, Jairinho, emocionado, destacou o carinho que torcedores não só dos clubes que seu pai passou tinham por ele. No momento em que a reportagem conversava com ele, chegou ao velório um torcedor com agasalho do Athletico.

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“A humildade que ele tinha é algo sem igual. É o que todos vem dizer para mim. Torcedores de Athletico ou Paraná, ou de outro clubes que ele sequer jogou, sempre me abordavam, antes mesmo da descoberta da doença, e falavam muito bem dele pela forma que ele sempre tratou todos, que ele era um homem respeitável e grande atleta”, lembrou o filho.

‘Professor’ em campo

O ex-goleiro, além de ser uma importante peça no elenco, estava sempre pronto a ajudar os mais jovens que ingressavam no time profissional do Coritiba, como relembrou Vavá.

“O Jairo era uma referência para mim. Quando menino eu ia ver os jogos em que ele estava em campo. Aí para minha felicidade, Joguei com o Jairo em 83, 84 e 85, sendo campeões brasileiros, e isso não tem como descrever. Ele era uma pessoa maravilhosa, sempre apoiava o grupo, mesmo se a gente não jogasse bem, como éramos mais novos, ele sempre nos ajudava”, recordou o ex-zagueiro.

A família doará o valor arrecadado para a realização do caro tratamento de Jairo ao Hospital Erasto Gaertner. “Queremos que mais pessoas possam ter um tratamento tão digno como o pai teve, por isso vamos doar o dinheiro”, finalizou Jairinho.

O sepultamento acontecerá às 15h no Cemitério Vertical, que fica na rua Konrad Adenauer, 940, no Tarumã.

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