O pedido de assembleia extraordinária para a destituição do presidente Samir Namur com a assinatura de 87 conselheiros não impediu que a diretoria do Coritiba iniciasse o planejamento para a próxima temporada. Durante a apresentação do novo diretor de futebol do clube, Rodrigo Pastana, na tarde de terça-feira (20), no Couto Pereira, o mandatário alviverde considerou o pedido dos conselheiros oposicionistas como algo pessoal e sem fundamento legal.
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“Se os resultados ruins em campo fossem ocasionar pedidos de destituição, pelo menos 20 clubes grandes e de médio porte teriam um presidente destituído por ano. A gente não vê isso acontecer. Por maior que seja a pressão, o trabalho dentro da gestão não para e as decisões vão continuar sendo tomadas. É um pedido puramente pessoal e não há nenhum indicativo de ato irregular de gestão. É um pedido puramente pessoal, é contra a pessoa. Como vou juntar documentos para me defender?”, apontou ele.
Namur acredita que a mesa do conselho deliberativo que vai analisar o pedido, e tem o prazo de até dez dias para marcar a assembleia extraordinária, não deva levar adiante essa solicitação dos mais de 80 conselheiros que assinaram o documento. O cartola lembrou ainda que o andamento do ano de 2019 pode ser comprometido caso o cenário político do clube siga conturbado nos bastidores.
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“Não imagino a mesa diretoria do conselho marcando a assembleia com um pedido desse tipo, sem causa, sem fundamento. Isso não existe. Acredito que não marquem a assembleia com base nisso, sem razão. Se isso acontecer, infelizmente será muito ruim para o clube. Continuaremos trabalhando. Vai passar a ser não só uma pressão meramente política, mas vai atrapalhar o dia a dia do Coritiba em meados de 2019. É importante deixar claro que a diretoria não para de trabalhar por causa desse requerimento”, prosseguiu.
O presidente coxa-branca, diante desse cenário político atual, garantiu que sua gestão sempre foi pautada no diálogo, mesmo com o grupo oposicionista ao seu mandato. Samir Namur afirmou que continua aberto aos conselheiros para que, no fim das contas, o Coritiba não seja prejudicado na próxima temporada.
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“Sempre pautei minha atuação pelo diálogo e transparência. Desde que surgiu a lista de assinaturas, buscamos o diálogo, marcamos duas reuniões, mas dez conselheiros compareceram. A ideia, além do diálogo, é a abertura para evitar um caminho bastante difícil em que o Coritiba pode se colocar. Uma batalha na assembleia ou judicial certamente vai atrapalhar o Coritiba em um ano tão importante. A mesa do conselho apresentou há duas semanas uma lista de exigências ao G5 e nos comprometemos a atender todas elas. Imaginamos que esse grupo pode fazer a mesma coisa, apresentar exigências e ter mais participação. Sou o presidente e não o dono do Coritiba. Estamos abertos ao diálogo e a participação de diferentes grupos”, finalizou Namur.
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