O técnico Celso Roth reconheceu que a campanha do Coritiba é simplesmente “ridícula”. Em especial quando o assunto é Couto Pereira. O desempenho do Coritiba, em casa, é de míseros 16,67%, o que na visão do treinador explica a lanterna. “Quem não vence em casa, não tem outro caminho, senão a lanterna. Temos que mudar essa história”, cravou Roth, que não pensa em sequer colocar o cargo à disposição. “Temos que trabalhar, trabalhar e trabalhar. O momento é ruim, mas temos que encontrar soluções imediatas”.
Roth reconhece o momento negativo. “Sobre a minha permanência, a gente conversa na sequência para ver o que vai acontecer”, disse. “Mas, vejo que mais uma vez o grande problema do Coritiba é errar em um momento crucial. Erra e aí fica na obrigação de correr atrás. Sob pressão e com uma qualidade que vocês já conhecem. Fica muito mais difícil”. Desta vez, o treinador entende que o seu time não conseguiu reeditar as atuações equilibradas dos últimos jogos. “É a velha máxima: só trabalhando se consegue superar essas etapas ruins”.
A ideia de Celso Roth era tornar o time mais veloz e incisivo, com a entrada de Geraldo na vaga de Dudu. “Tínhamos uma proposta ofensiva. Mas, tudo cai por terra quando você sofre um gol daquela forma. O erro desequilibra tudo”, comentou. “Mas, após o gol, o Flamengo soube administrar bem o jogo e tornou o jogo ainda mais difícil pra gente”. O técnico acredita que falta recurso técnico e também tranquilidade ao time, que abusou das ligações diretas, quase sempre em vão. “Fizemos alguns jogos bons, mas hoje faltou tranquilidade. Houve desequilíbrio técnico para buscar uma saída”.
Felipe Rosa |
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Éverton, ex-Atlético e Paraná, fez o gol da vitória rubro-negra, ontem, no Couto Pereira. |
Apesar das limitações, Roth entende que é possível buscar soluções. “O problema é que o time, diante de uma dificuldade – principalmente diante de seu torcedor -, sente”. Na visão de Roth, ele jogou com todos os recursos possíveis, armando um time ofensivo e, diante do gol sofrido, ainda mais ofensivo no segundo tempo. “O grupo é este. É a condição que sabíamos quando aqui cheguei. Fizemos ajustes, mas agora é buscar soluções internas”, comentou. No jogo de ontem, por exemplo, Roth lançou mão de Zé Rafael e espera contar, o quanto antes, com Gil e Martinuccio.
“Temos algumas peças. Mas, é muito perto pensar em mudanças drásticas já para quarta-feira. O Gil, por exemplo, não tem histórico de lesão, mas já está há um bom tempo fora. É o momento ruim”, ponderou Roth. “Convivemos com essa ansiedade, que ficou muito clara após a expulsão do Robinho. Faltou tranquilidade e ficamos sem conexão e sem jogadas ofensivas”, comentou o treinador coxa-branca, que na prática foi o menos cobrado pelo torcedor, após novo revés em pleno Couto Pereira.