Mais tranquilo nesta reta final do Campeonato Brasileiro do que no ano passado, o Coritiba, que planejava uma temporada diferente, não conseguiu fazer de 2016 o melhor dos seus anos. Mudanças no comando técnico e na diretoria, além de contratações que deram errado, embalaram o ano do Verdão , que na competição nacional, faltando apenas quatro rodadas para o final, está muito próximo de assegurar de vez a sua permanência na elite do futebol nacional.
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O meia Juan, que se firmou de vez, nesta temporada, como um dos principais jogadores do time, afirmou que o Coritiba não deveria estar passando sufoco nesta reta final do Brasileirão. Segundo o camisa 55, no início da competição nacional, o Verdão deixou escapar vitórias importantes nos minutos finais dos jogos e isso impediu até que o clube brigasse por uma vaga no G6.
“A gente deveria realmente ter tido um ano melhor pelo que fizemos no campeonato. Tiveram alguns jogos em que jogam melhor, tivemos mais chances, fizemos os gols, mas por desatenção, bobeira e falha nossa, acabamos tomando a virada e perdemos jogos tomando gols depois dos 40 minutos do segundo tempo. A gente poderia estar brigando por uma vaga no G6 e a situação poderia estar bem diferente, principalmente para ter um ano como gostaríamos como falamos no começo do ano”, apontou Juan.
A temporada começou promissora para o Coxa. O time alviverde conseguiu manter uma base de 2015, fez um bom Campeonato Paranaense, mas acabou perdendo a final para o Atlético, dentro do Couto Pereira. Na Copa do Brasil, nova frustração ao ser eliminado pelo modesto time do Juventude, também no Alto da Glória. No Brasileirão, apesar de ter a situação encaminhada para permanecer na primeira divisão, o risco ainda existe e o goleiro Wilson quer se livrar o quanto antes do risco de rebaixamento e já projeta um 2017 melhor.
“O pensamento que eu e todos dentro do clube têm que ter é de ter um ano ainda melhor. A gente falou no início desse que queria ter um ano mais tranquilo, brigando por coisas maiores no campeonato. Não foi um ano com tantas dificuldades como ano passado, a situação ainda não está definida e esperamos definir isso o quanto antes para chegar no Brasileiro do ano que vem pensando coisa maior, pensa na primeira parte da tabela, brigando por Libertadores, ainda mais agora que aumentou o número de classificados”, ponderou o goleiro alviverde.
Durante a temporada, o Coritiba mudou duas vezes de treinador. O Coxa iniciou o ano com o técnico Gilson Kleina e, depois da sua demissão, o clube optou pela manutenção do auxiliar técnico Pachequinho no comando do Verdão. A diretoria, na ocasião, decidiu dar um tempo a mais ao profissional e, se ao final do primeiro turno o rendimento fosse bom, o ex-jogador seria mantido no cargo. Talvez este foi o grande erro da atual cúpula do Verdão, já que Pachequinho não conseguiu emplacar uma sequência de bons resultados e troca tardia por Paulo César Carpegiani quase tornou a situação do clube ainda pior no Brasileirão.
Além das trocas no comando técnico, o Coxa também mudou nos seus bastidores. O diretor de futebol Valdir Barbosa, responsável pela contratação de boa parte dos jogadores que vieram reforçar o Verdão neste ano, foi demitido do cargo e deu lugar para Alex Brasil. Juan prefere dividir a responsabilidade das trocas com todo o grupo, sobretudo pela falta de resultados em campo.
“Atrapalha sim (as trocas), mas isso também é reflexo dos nossos resultados. Se tivéssemos resultados melhores, poderia ter mais tempo com o mesmo treinador, até com o Pacheco, se tivéssemos melhores resultados e poderíamos ter tido, ele poderia ter ficado mais tempo. Faz parte do futebol, as coisas mudam sempre baseadas no resultado”, reforçou Juan.
O ano de 2016, nos bastidores, foi bom para o Coritiba. Depois de passar dificuldades financeiras em 2015 e de atrasar os salários dos jogadores durante quase toda a temporada, em 2016 este problema não aconteceu e contribuiu para um rendimento melhor do time alviverde. “As coisas esse ano normalizaram bastante com relação as dificuldades que teve ano passado na área administrativa, na questão dos salários. Não tivemos problemas nesse ano e as coisas tendem a melhorar cada vez mais”, arrematou Wilson.
