“Bem-vindo, mestre!” Foi assim que um grupo de torcedores do Coritiba saudou o técnico René Simões na sala de imprensa ontem após a entrevista coletiva de apresentação.
Eles tiveram acesso à sala de imprensa e aplaudiram o novo treinador alviverde, que acertou contrato ontem com a diretoria após um almoço no restaurante anexo ao Couto Pereira.
E o profissional já chegou motivando os jogadores para a decisão de amanhã contra o Atlético, porque para ele o clássico será uma final à parte e enquanto houver alguma chance no Paranaense o time precisa lutar.
“Já falei para os jogadores: o estadual não acabou. Se existir 1% de chance vamos correr atrás e temos um campeonato à parte que é o Atletiba”, avisa René.
Para ele, está na hora do clube e todos seus segmentos curtirem mais a data tão especial que está sendo vivenciada. “Não vou ver mais o centenário e temos que gostar disso”, avisa. E a pressão do centenário?
“Treinador vive embaixo de pressão o tempo todo”, pondera, tentando reverter o clima ruim que ficou com a passagem de Ivo Wortmann, que não conseguiu fazer o time jogar a contento da torcida e da diretoria.
Diretoria essa que aposta tudo na vinda do campeão brasileiro da Série B em 2007. “É uma pessoa que faz parte da história do Coritiba, um profissional gabaritado e que vai nos ajudar a buscar os objetivos de curto, médio e longo prazo”, justifica Homero Halila, diretor de futebol.
Segundo ele, René tem tudo para colocar a equipe nos trilhos e dar as alegrias que a torcida tanta espera. “A gente está muito feliz e acreditamos que agora podemos tocar o nosso projeto com mais sucesso”, avalia o dirigente. E, para que projeto dê certo, o treinador pede que todos remem na mesma direção.
“Eu só espero que minha volta tenha sido muito bem discutida pelo G9 (conselho administrativo) e não pela pressão da torcida. Ficaria muito decepcionado se não for assim”, aponta.
No entanto, ele não escondeu que entrou na pilha da torcida e também ficou na expectativa pelo convite. “O torcedor age com a emoção e o G9 tem que agir com a razão, mas, de minha parte, quase liguei me convidando. Estava bem no Rio, não queria forçar a barra me oferecendo, mas queria muito receber a ligação”, revelou. E a ligação aconteceu na quinta-feira à noite.
Ontem, as partes almoçaram juntas e acertaram tudo e o tempo de contrato ficou para uma outra hora. “Foi muito fácil chegarmos a um denominador comum”, diz René. O mesmo valeu para a diretoria.
“O mais importante foi que ele queria o Coritiba e o Coritiba queria que ele viesse e a gente espera que seja eterno enquanto dure e que dure o máximo possível”, finaliza Homero.