O mandato de Samir Namur no Coritiba termina somente em dezembro de 2020. Mesmo assim, um rival para o atual mandatário nas próximas eleições do Coxa já se apresenta. Ex-jogador do clube na década de 70 e colunista da Tribuna do Paraná, Renato Follador Júnior assegura que, caso o Coritiba não esteja de volta à Série A ao final da gestão de Namur, concorrerá à presidência. “Se o Samir não arrumar a gestão dele e retornar para a primeira divisão eu sou candidato daqui dois anos”, promete.
Filho de Renatinho Follador, jogador alviverde nos anos 40 e 50, Follador Júnior apoiou a chapa derrotada de João Carlos Vialle no último pleito. Além disso, foi diretor do clube no segundo ano de gestão de Rogério Bacellar, em 2016. Antes, havia participado da criação do plano estratégico do então candidato. “É mais fácil administrar o Coritiba do que uma padaria”, crava Follador Júnior.
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“Como jogador, eu achava que era uma coisa complicada de se administrar, um clube de futebol. No entanto, quando você gere paixão, escolhe artistas, que são os jogadores, escolhidos a dedo, você dobra associados, traz patrocínios, a TV vem junto”, prossegue.
O pilar do projeto futebolístico prometido pelo pretendente a candidato é claro: atrair jogadores de renome ao Alto da Glória. Durante a gestão de Vilson Ribeiro de Andrade, Follador Júnior revela ter tentado trazer o astro argentino Juan Román Riquelme ao Coritiba.
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“Você tem que ter estrelas, competitivas e em atividade. Elas têm dois papéis, um dentro de campo, e outro fora, de atrair torcida. Jogador de salário de R$ 50 mil você vai buscar na base”, explica. Ainda segundo Follador Júnior, o atual modelo de futebol alviverde acaba onerando o clube. “A cada semana chegam dois, três jogadores de nível baixíssimo e contrato de no mínimo dois anos, porque se um dá certo, corre o risco de perder. Do ponto de vista trabalhista, isto é muito ruim”, argumenta.
Por fim, o ex-atleta avalia a atual diretoria como bem intencionada, mas inexperiente. “O problema é toda a diretoria. Nenhum dos cinco entende de futebol. São bem intencionados, mas nunca chutaram uma bola. Não conhecem o clima de vestiário e entregam a gestão do futebol para terceiros”, arremata.
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