O Coritiba estreia nesta segunda-feira (15) no Campeonato Brasileiro com uma expectativa maior do que nos últimos anos. Normalmente o clube se coloca em uma situação melhor do que realmente está, mas neste 2017 a diretoria e a comissão técnica, apesar de um otimismo talvez excessivo, trabalharam com mais seriedade na preparação para a principal competição – e, no caso alviverde, a única – da temporada. O título paranaense não foi considerado um ponto final, mas sim um ponto de partida para a montagem de um grupo forte para o Brasileirão.
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Diferente de outros anos em que o Coxa conquistou o Estadual (como em 2012 e 2013, por exemplo), a diretoria evitou o discurso de que a vitória no campeonato mostrava que o elenco estava pronto. Pelo contrário – ainda no gramado do Couto Pereira, em meio à festa pelo título paranaense, o presidente Rogério Portugal Bacellar admitia que o Cori precisava de contratações para que o Brasileirão fosse disputado em um nível melhor do que nos anos anteriores. Era o que Kléber, principal ídolo do time e artilheiro do Estadual, também pedia aos dirigentes, para que o time não passasse mais um ano lutando para escapar do rebaixamento.
Sim, porque desde 2012 o Coritiba não disputa nada no Brasileiro que não seja sair das últimas posições. Consciente de que era preciso fazer diferente, a direção foi ao mercado e trouxe um pacote de reforços que há um bom tempo a torcida não via – o lateral-direito Léo, o lateral-esquerdo Thiago Carleto, o meia Tomas e os atacantes Getterson e Alecsandro. Os cinco jogadores encorpam bastante o Coxa – e chegaram a empolgar o presidente Bacellar na entrevista coletiva da última quinta-feira (11). “Nosso elenco tem peças de reposição para lutar entre os primeiros. Nós vamos brigar por isso. Temos plenas condições e um elenco farto de craques”, afirmou.
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Entre os cinco nomes, o mais experiente e aguardado era Alecsandro. Ele já foi carrasco do Coritiba atuando por Internacional e Vasco da Gama, mas parecia inevitável que ele atuasse no clube que consagrou seu pai Lela, campeão brasileiro de 1985. ““Sempre digo que sonhos são feitos para serem realizados e espero que o Alecsandro seja muito feliz com a camisa do Coritiba”, disse Lela, que veio a Curitiba para acompanhar o fechamento de contrato do filho com o Coxa.
Para comandar este grupo, Pachequinho. Depois de longa espera, ele enfim foi efetivado como treinador nesta semana. Um prêmio para o trabalho que fez no Estadual, saindo de uma posição delicada (o Coritiba era o sétimo colocado quando o técnico assumiu como interino) para conquistar o título paranaense vencendo o Atlético por 3×0 dentro da Arena da Baixada. Pacheco também confia no Coxa. “O Coritiba tem um grupo de trabalho, diretoria, comissão técnica e jogadores, que querem brigar por algo maior no Brasileiro”.
Se conseguir manter uma campanha regular e evitar as crises internas que atrapalharam muito em anos anteriores, o Coxa pode sim dar o salto de uma posição intermediária para a luta por uma vaga na Libertadores.Com um campeonato que se inicia com oito times da Série A ainda disputando a Libertadores (e todos com chances de classificação para as oitavas de final), treze na Copa do Brasil e quatro na Sul-Americana, estar focado apenas no Brasileiro poderá dar ao Coritiba a possibilidade de somar pontos preciosos, principalmente nas primeiras rodadas.
Time base
Wilson; Léo, Werley, Juninho e William Matheus; Alan Santos, Matheus Galdezani e Anderson; Rildo (Getterson), Kléber e Alecsandro (Henrique Almeida).
Técnico: Pachequinho