Somente no final da tarde de ontem o Coritiba soube onde jogará às 16h50 de domingo. Líder do Estadual após a goleada sobre o Rio Branco na quarta-feira em Paranaguá, o clube viveu um dia de expectativa para se programar para a próxima rodada.
Um laudo atrasado fez a Federação Paranaense de Futebol – FPF marcar Engenheiro Beltrão x Alviverde para Paranavaí, no Noroeste do Estado, porque, sem a papelada necessária, o Estádio João Cavalcanti de Menezes, em Engenheiro Beltrão, não foi liberado.
Menos mal que o Coxa fez um planejamento curinga para não ter que ficar dependendo da decisão dos organizadores e demais participantes da competição. “Já está tudo acertado e vamos ficar em Maringá”, revelou o supervisor Paulinho Alves, momentos antes de saber onde seria o confronto contra a AEREB.
A decisão se baseou nas experiências próprias que o clube tem em hospedagem na região e também porque a Cidade Canção ficava próxima das opções possíveis até ontem à tarde.
Se a partida fosse no João Cavalcanti de Menezes, a delegação viajaria 60 quilômetros. No entanto, como o confronto será no Waldemiro Wagner, em Paranavaí, o deslocamento será de 76 quilômetros no dia da partida.
No tempo extra
A confirmação só saiu após às 17 horas na sede da Federação. De acordo com Reginaldo Cordeiro, diretor do departamento de vistorias da FPF, não dava para liberar a casa do Engenheiro sem a documentação necessária.
“Não chegou o laudo da Polícia Militar. E dos Bombeiros veio apenas um certificado de vistoria, que deveria ter um termo de ajustamento”, justificou. Ele avisa que o Ministério dos Esportes está mais rigoroso na documentação exigida e a Federação não pode afrouxar a fiscalização nos estádios. “Temos que cobrar os laudos nos novos padrões”, disse.
Na bronca
No entanto, o presidente do Engenheiro, Luís Linhares, soltou os cachorros contra a Federação antes da partida de ontem. “Tudo o que pediram, nós fizemos. Poderiam ter liberado com restrição como fizeram com outros estádios, mas com o Engenheiro é diferente”, disparou.
O cartola sugeriu que a interdição tenha motivação política. “Depois das partidas contra Paraná e Coritiba, que são da capital, eles liberam”, esbravejou, antes de afirmar que deixou o estádio em ordem. Por sua vez, Cordeiro nega a acusação. “Ele diz ter feito tudo, mas não posso liberar o estádio só pelo que ele diz”, finalizou o dirigente da FPF.