A mudança de comando técnico do Coritiba altera o projeto do clube. Com um contrato de dois anos e próximo às categorias de base, Marquinhos Santos era o responsável por colocar em prática o planejamento estratégico de reformular o elenco usando garotos criados no clube. A partir desta temporada, o ex-comandante alviverde havia testado sete jogadores forjados no CT da Graciosa: Rafhael Lucas, Vaná e Henrique, todos com chance no time titular; além dos testados Ícaro, Mateus Oliveira, Paulo Otávio e Walisson Maia.

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O aproveitamento da base, por mais que ainda consiga a meta de ser um terço do elenco profissional, 12 dos 36 jogadores, é algo que aos poucos tem diminuído. O meia Dudu foi o primeiro que perdeu espaço, sendo emprestado para o Criciúma. Depois o goleiro Vaná, titular em todo o Paranaense, foi para a reserva por causa de uma falha no final do Paranaense. Contra o Internacional, apenas duas apostas recentes da base começaram a partida: Henrique e Rafhael Lucas.

Essa presença pequena dos pratas da casa é consequência direta das contratações, que a princípio deveriam ser pontuais. Com Esquerdinha, Marcos Aurélio e Lúcio Flávio, o Coxa chega a 18 contratações nesta temporada.

“É fácil criticar o contrato de dois anos, mas o Marquinhos era unanimidade nacional no final do ano passado”, defendeu o vice-presidente de futebol, Ernesto Pedroso. “Mas ninguém tem bola de cristal para saber que teríamos cinco derrotas em seis partidas no Brasileiro”, justificou.

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No meio disso tudo, a política de renovação e reestruturação do futebol já havia sofrido uma baixa com o desligamento do executivo João Paulo Medina, o gestor do departamento. A promessa era “a reestruturação administrativa do clube por meio da implantação de um novo modelo de gestão. O G5 passa a ser altamente estratégico, não participando das rotinas operacionais e táticas da organização”. Cinco meses depois, Medina saiu e o cargo dele foi extinto.

Para repetir 2010

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Escolhido para resgatar o Coritiba na temporada 2015, o técnico Ney Franco chega amanhã para tentar reeditar um novo final para um roteiro já conhecido. Quando chegou ao Alto da Glória, na sua primeira passagem, contratado no dia 11 de agosto de 2009, o técnico também encontrou a equipe na zona de rebaixamento.

“Espero chegar e desenvolver um trabalho com qualidade para que o Coritiba possa fazer um Campeonato Brasileiro em uma situação melhor do que se encontra hoje. Vou chegar com motivação, tentar ajustar a equipe mais rápido possível, aos poucos tentar colocar o meu pensamento, a forma de jogar ”, disse o novo comandante em entrevista ao Globo Esporte ontem.

Em 2009, Franco tentou salvar o Coxa até a última rodada, mas a equipe acabou rebaixada, com o agravante da batalha deflagrada pela torcida no Couto Pereira na última rodada, contra o Fluminense. Na oportunidade, Franco se comprometeu a ficar e devolver o time à elite nacional.

E cumpriu a missão. Além de conquistar o título estadual, foi campeão da Série B.

“Vamos tentar repetir 2010, que para mim foi uma temporada magnífica”, definiu o Franco.

Recomeço! Leia mais do Coxa na coluna do Massa!