Quem vai encarar? Faltando menos de dois meses para as eleições do Coritiba, ainda não há uma chapa de oposição formatada para concorrer à presidência do clube – a rigor, não há candidato à presidência do Coxa. Ontem, o empresário Marcelo Almeida, que foi candidato ao Senado nas eleições deste ano, declinou ao convite de ex-dirigentes do clube que são responsáveis por formar uma chapa opositora para concorrer com o atual mandatário alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade – que já disse que desiste de disputar o pleito caso surja um nome de consenso, e que assuma uma bronca cada vez mais complicada, com dívidas de curto e longo prazo e um passivo assustador.
Em conversa com Alex, que é seu amigo pessoal (o empresário é o financiador da biografia do camisa 10), dois conselheiros e dois ex-presidentes do Coritiba, Marcelo Almeida decidiu recusar o convite para liderar a chapa de oposição do clube por causa de compromissos empresariais e políticos-partidários que terá daqui em diante. Depois de Ricardo Guerra, Almeida foi o segundo a desistir de concorrer à presidência do Coxa para o próximo triênio.
Entretanto, o grupo de opositores formados garante que em breve será anunciado o candidato. Ernesto Pedroso, que deixou o clube em 2012, afirmou que o grupo vai procurar alguém capaz de ser o presidente coxa-branca. “Temos um grupo forte, unido e voltado pelo mesmo objetivo, que é de trazer uma chapa forte para o Coritiba. O Marcelo Almeida declinou ao nosso convite e vamos procurar alguém capaz de assumir essa tarefa. A estrutura do Coritiba hoje é o Vilson e a oposição surge por não concordar como ele está levando o clube. Ele é meu amigo, é uma pessoa do bem, mas politicamente estamos unindo forças para tirar o clube dessa situação”, apontou Pedroso, que informou que não há ainda uma definição de quem será o candidato da chapa opositora.
Ele frisou ainda que o ano não está perdido, mas que independentemente de qualquer situação, é preciso um que aconteça uma processo de reformulação no Coxa. “A gestão termina no final do ano e vamos continuar discutindo as ideias para a composição da chapa de oposição. O ano não está perdido e temos condições ainda de escapar do rebaixamento”, projetou o ex-dirigente alviverde.
Além dos salários atrasados e de várias promessas não cumpridas pela atual gestão do clube, o próximo presidente alviverde deverá encontrar o Coritiba mais endividado. Além do passivo, para cessar momentaneamente com a crise financeira, cotas de televisão foram adiantadas e isto deve comprometer as finanças futuras.
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| Marcelo Almeida era o favorito, mas preferiu ficar de fora. |
Opinião contrária
Para o ex-presidente do Verdão, Giovani Gionédis, Vilson Ribeiro deveria ser o presidente do clube no próximo triênio para deixar a casa em ordem para o próximo mandatário. “Qual empresário vai pôr o nome como presidente de um clube que está devendo R$ 89 milhões em impostos? É um passivo total de R$ 180 milhões e, na minha opinião, o atual presidente do Coritiba deveria continuar para corrigir os seus erros cometidos ao longo das últimas temporadas”, concluiu Gionédis.
Segundo informações divulgadas pelo clube, as chapas que concorrerão às eleições deverão ser inscritas até 13 de novembro, exatamente um mês antes do pleito. Até esta data, o Coxa terá feito mais quatr,o partidas pelo Brasileirão contra Botafogo, Grêmio e Fluminense, em casa, e Corinthians, fora, podendo ter até a sua situação na competição encaminhada para a sua permanência na Série A ou para ser rebaixado à segunda divisão. E será que alguém vai encarar?
