Em crise pela má campanha do time, que está na zona do rebaixamento do Brasileirão, o Coritiba respira cobranças para todos os lados. Internamente da própria diretoria e do conselho deliberativo e externamente dos torcedores em geral querendo mudanças e da Império Alviverde, principal organizada, exigindo uma reação imediata contra o Cruzeiro.
Por enquanto, a única medida tomada pelo clube foi fechar o trabalho de hoje para a imprensa e as entrevistas ficarão somente para amanhã pela manhã. O confronto contra os mineiros está programado para as 18h30 de domingo no Couto Pereira.
“Vamos sim discutir o futebol do clube como sempre fazemos. Sugestão e cobrança este presidente faz à exaustão”, garante Tico Fontoura, presidente do conselhão.
De acordo com ele, ainda hoje ou na semana que vem a mesa do conselho vai se reunir para tratar do momento do Coxa. “Sugerir, cobrar, fiscalizar, ajudar. Este tem sido o meu comportamento”, destaca o conselheiro.
Ele chegou a sugerir uma comissão esportiva do deliberativo para atuar mais próxima ao departamento de futebol, mas a ideia não foi aprovada em reunião do conselho e não prosperou dentro do clube.
Enquanto o presidente do conselhão mantém a postura de atuação, o presidente da Império, Luís Fernando Correa (Papagaio), já pediu uma reunião com a comissão técnica e com os jogadores.
“O que estamos querendo é que não se repita o que aconteceu em 2005. Queremos mostrar que a torcida vai ao jogo para apoiar e que os jogadores fiquem tranquilos, porque precisamos da vitória. Depois do jogo, são outros quinhentos”, aponta o torcedor. Isso significa que todos terão um voto de confiança, mas é preciso vencer a Raposa. Caso contrário, as cobranças serão ainda maiores.
Cobranças que já começaram sobre a diretoria. “O ano do centenário está sendo um fiasco. Se fosse presidente, eu sairia do clube. Acho que o (Jair) Cirino (presidente) não vai sair, mas o Homero (Halila) deveria sair porque ele não entende de futebol”, completou Papagaio.
A reportagem tentou várias vezes um contato telefônico com o presidente Cirino, que chegou atender, mas a ligação não se completou. Além da péssima campanha, o clube ainda vem passando por problemas financeiros, que podem levar os dirigentes a negociar parte de jogadores com empresários para a quitação de dívidas.