Boca no trombone

Presidente do Coritiba solta o verbo contra o Athletico e cita fascismo

Samir Namur ficou na bronca com a atitude da diretoria atleticana. Foto: André Rodrigues.

O presidente do Coritiba, Samir Namur, antes do clássico diante do Athletico, na noite desta quarta-feira (30), aproveitou para criticar o projeto ‘torcida humana‘ adotado pelo Furacão. No clássico realizado na Arena da Baixada, o alviverde saiu vitorioso com o placar de 2×1.

“Essa expressão que se usa falando em ’torcida humana’ é uma falácia. O que tem de humanismo em você segregar alguém pela cor da sua camisa ou para que time torce? Isso tem algo de fascismo. Nas ditaduras fascistas que isso acontece”, enfatizou o mandatário. Os jogadores do Verdão entraram em campo com frases na camisa: “Torcida humana, ideia pathetica na parte de trás, e Torcida humana, mais uma falácia”, na frente de seu uniforme.

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A polêmica envolvendo os bastidores do jogo aconteceu porque o Rubro-Negro mantém desde o ano passado o veto da entrada da torcida visitante na Arena. Porém, o Coritiba solicitou à diretoria atleticana a carga de 10% dos ingressos para o clássico, conforme lei. Em um primeiro momento, a diretoria do Athletico aceitou o pedido, mas deixou claro que não haveria um setor exclusivo destinado aos visitantes e proibiu uniformes e adereços que identificassem os coxas-brancas.

O TJD-PR deferiu uma liminar solicitando que o Athletico reservasse local à torcida visitante, mas a medida não foi cumprida e, por isso, a diretoria alviverde protocolou um pedido de interdição e WO. Porém, a solicitação não foi acatada pelo Tribunal. Namur fez questão de lembrar que a lei não foi cumprida.

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“O Coritiba tem – tinha – uma liminar a seu favor, permitindo que sua torcida esteja – estivesse – aqui, mas não vai estar. É a morte da Justiça Desportiva do Paraná”, falou o presidente. O mandatário ainda explicou como o Atletiba faz parte da história esportiva.

“A minha opinião como torcedor e presidente não muda. Ter a torcida adversária presente no clássico é da essência do esporte. Quantos atleticanos e quantos coxas-brancas em suas gerações não aprenderam a amar seus clubes por causa de Atletibas”, detalhou recordando de sua própria história.

“Comigo foi assim. Dia 1º de maio de 1989, no Couto Pereira, estádio meio a meio, quase 50 mil pessoas, o Coritiba venceu de virada com um golaço de Tostão. Ali o futebol se apresentou para quantos?”, finalizou Namur.

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