Não é só o técnico René Simões que comemora o descanso nos meios de semana após a maratona de jogos em duas competições nacionais. O preparador físico do Coritiba, Glydston Ananias, aproveita o tempo a mais que tem para reavaliar todo o elenco e dar o trabalho necessário para os jogadores atuarem sem o mesmo cansaço e o estresse de antes.
Um reflexo disso foi a grande vitória sobre o Flamengo, mas o Alviverde ainda deve melhorar a capacidade física nas próximas partidas. Em entrevista ao Paraná Online, ele fala sobre isso e conta também porque inovou colocando uma bicicleta ergométrica no banco de reservas.
Paraná Online – Como está o nível físico do elenco nesse momento?
Glydston – Vem melhorando a cada semana. Tivemos uma sequência de jogos muito forte associada a viagens. Com esse período, com jogos só no final de semana, aproveitamos para fazer uma avaliação física e saber o estado dos atletas. Eles apresentaram resultados satisfatórios. A partir daí, estamos fazendo um planejamento para melhorar cada vez mais.
Paraná Online – O que acontece com os jogadores numa maratona de jogos?
Glydston – Depois de um jogo, o atleta precisa de um período mínimo de 48h para se recuperar. O que estava acontecendo era que tínhamos viagens, jogos difíceis e tivemos até que fazer um revezamento de alguns atletas para aguentar. Treinamentos quase a gente não conseguia fazer porque tínhamos mais que recuperar o atleta do que treinar. Por isso, essa dificuldade até para o treinador. Mas, com o que nós enfrentamos, o balanço é positivo porque não tivemos jogadores lesionados.
Paraná Online – Até a Sul-Americana, em agosto, os jogos serão somente nos finais de semana. O que dá para fazer com o elenco?
Glydston – Fizemos avaliações para saber como eles estão em termos de resistência, foram resultados satisfatórios até pela demanda exigida deles. Temos feito avaliações de velocidade e, agora, temos o tempo de treiná-los e recuperá-los. Isso é muito importante, a recuperação após os treinamentos e após as partidas. Teoricamente, o rendimento deles nas partidas será melhor.
Paraná Online – Na partida contra o Inter, você instalou uma bicicleta ergométrica no banco. Foi você quem teve essa ideia e qual a utilidade?
Glydston – Essa questão da bicicleta foi em virtude do clima. Tinha previsão de fazer muito frio e eu pensei numa alternativa de manter os atletas do banco aquecidos, porque muitas vezes ficamos sentados assistindo ao jogo. Então, caso algum jogador fosse exigido ele precisaria estar pronto e a gente sabia que seria uma partida dura.