Sempre atencioso e bem humorado nas entrevistas coletivas que concede pelo Coritiba, o zagueiro Pereira por pouco não saiu do sério ontem no Couto Pereira. Questionando novamente sobre a lentidão da zaga alviverde, ele garantiu que foi a última vez que falou sobre o assunto.

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O jogador tentou ser didático, para provar que realmente não tem grande velocidade, devido aos 31 anos e ao seu biótipo, mas que não perde um bote em campo.

Pereira explicou que tem gente que não entende de futebol e confunde mobilidade, que ele compensa com a experiência para jogar na defesa, com velocidade (necessário ao pessoal do ataque).

“Eu não aguento mais isso aí. Por onde passei, eu sou respeitado com o meu biótipo, com as minhas características, com as minhas virtudes e com as minhas limitações. Eu sou um jogador de força, e quando vocês observarem eu perdendo a corrida para alguém vocês podem falar, podem cobrar”, desabafou o defensor.

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Para ele, a confusão entre mobilidade e velocidade gera críticas injustas. “Pelo meu biótipo, a minha mobilidade é diferente dos outros e em relação à velocidade nunca tive problemas e nunca vocês vão ver um atacante me deixando para trás”, garante Pereira.

O jogador, inclusive, vai além e até dá a entender que as críticas podem ser alimentadas por motivos extra futebol. “Por onde passei foi assim e nunca paguei ninguém para falar bem de mim, nunca tive esquema com treinador e com empresário. Sempre trabalhando muito”, dispara.

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Mesmo assim, ele garante que esse é mais um obstáculo a ser superado no dia a dia da carreira. “A gente passa por cima disso aí com muita tranquilidade. Espero que seja a última vez que esteja respondendo isso, por que não aguento mais. Estou com 31 anos e cheguei até aqui e tenho que ouvir essas coisas”, lamenta.

Sobre o segredo para não deixar os atacantes ganharem na corrida, Pereira revela que é um misto de experiência com bom posicionamento. “A minha mobilidade não é igual a de um menino que tem 70, 80 quilos. Eu sei trabalhar muito bem com o meu corpo, sei ir pelos meus atalhos. No dia que vocês virem alguém na minha frente, coisa absurda, podem cobrar que aí tem uma coisa errada”, finaliza Pereira.

O zagueiro ainda encontra um aliado para sua tese nos números da temporada. Em 13 jogos, a defesa coxa, que ainda contou com Jeci, Emerson, Cleiton e Lucas Mendes, tomou nove gols – contando Estadual e Copa do Brasil. Ou seja, a média de apenas 0,7 gol sofrido por partida.