Confiança na turma

Pedroso diz que elenco do Coxa se assemelha ao do título de 85

Vivendo um profundo processo de reformulação, o “novo” Coritiba ainda não empolgou o seu torcedor. As saídas de Vanderlei, Robinho e Alex, sem reposição, deixa uma série de indagações na cabeça dos coxas-brancas. Dúvidas potencializadas pelos constantes fracassos da equipe, que deixou escapar um pentacampeonato estadual e que nas últimas edições do Brasileiro lutou apenas para sobreviver na elite. O vice de futebol Ernesto Pedroso acredita que a diretoria foi audaciosa e faz uma analogia entre o time atual e o emblemático esquadrão campeão brasileiro de 1985.

“Buscamos jogadores de boa qualidade técnica, mas com valores menos expressivos. Jovens, promissores. Me lembra muito o time de 85”, cravou Ernesto Pedroso. “Naquele ano, o clube trouxe alguns jogadores experientes, muitos jovens e com um comando forte nos tornamos campeões brasileiros. É um sonho, mas que buscaremos tornar realidade”. Há quase trinta anos, o Verdão surpreendeu o Brasil, superando uma série de favoritos e chegando a uma inusitada final com o Bangu, em pleno Maracanã. Só que naquele time campeão, os jovens eram André, Dida, Marildo e Toby, num cenário bem diferente do atual.

O Coritiba que inicia o Paranaense não conta com um ídolo sequer. Bem diferente do que se viu nas últimas temporadas, onde todos os holofotes se voltavam para Alex. Não bastasse a aposentadoria do craque, o Coxa também perdeu atletas como Robinho, negociado com o Palmeiras, e Vanderlei, cedido ao Santos. Um cenário que faz o técnico Marquinhos Santos buscar novas lideranças para a equipe, que terá, como diz Pedroso, “um time jovem e rápido, com uma outra concepção”.

“A aposentadoria do Alex era irreversível. O Vanderlei e o Robinho cumpriram seus ciclos no Coritiba”, ponderou Ernesto Pedroso. “Por isso digo, nós estamos sendo audaciosos nessa reformulação e a torcida tem que confiar, como confiou no momento em que nos elegeu”, disse. “Eles (os torcedores) sabem que o nosso passivo é superior a R$ 200 milhões de reais, que não temos caixa. O nosso quadro associativo diminuiu de 33 mil para 12 mil. Não havia outro caminho. Adaptamos o Coritiba a um futebol moderno, inteligente e eficiente”.

Com essa diretriz, a nova diretoria alviverde acredita que poderá alcançar os resultados necessários para recuperar os sócios, as finanças e a hegemonia do futebol paranaense. “Estamos agindo com cautela para não voltar a onerar o clube. Diminuímos a folha salarial em R$ 30 milhões para o ano de 2015. É um desafio”, revelou Pedroso. “Por isso, faço um apelo à nossa torcida: apoiem, pois o time irá corresponder dentro de campo”, concluiu Pedroso.

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