Um dos homens fortes do futebol do Coritiba em 2017, o diretor institucional Ernesto Pedroso quebrou o silêncio e falou pela primeira vez depois do rebaixamento do clube à Série B. Apesar de todos os problemas que assolaram o Coxa durante a temporada, o dirigente, que está se desligando ao final deste ano, lamentou a falta de sorte e dividiu a culpa nas contratações equivocadas com o restante da diretoria.

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“Foi falta de sorte. Infelizmente, foi uma fatalidade. É impossível tomar um gol aos 49 e, ao mesmo tempo, o Flamengo marcar o gol e nós perdermos a partida. Foi fatalidade. Não foi falta de trabalho, não foi falta de contratações, foi falta de sorte. Foi falta de qualidade individual de cada e isso talvez pesou um pouco”, apontou Pedroso, que não assumiu a culpa sozinho pela montagem do elenco em 2017.

“Todas as contratações foram feitas em consenso. Tenho que pedir desculpas à torcida, ao presidente (Rogério Portugal) Bacellar, que confiou em mim. Agradeço a confiança, mas todas as contratações foram feitas em comum acordo. Nenhuma contratação foi da minha pessoa. Tive a felicidade de trazer Wilson e Kléber, em 2015, o Cléber Reis, Galdezani, Jonas, Rildo, entre outros. É difícil acertar o elenco e jogar tudo o que tem que jogar. Trouxemos o Marcelo Oliveira, que era o maior vencedor do momento no Brasil e não correspondeu à expectativa. Isso faz parte do futebol”, explicou.

Com a Série B para disputar no ano que vem, Ernesto Pedroso acredita que, independentemente da chapa vencedora no pleito que acontece neste sábado (9), o Coritiba precisa passar por um choque violento de gestão. O cartola acredita que será preciso mudar o modelo de gerir o clube em todos os seus setores.

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“É preciso ter um choque de gestão violento. Precisa mudar o perfil de gestão do clube completamente. O modo de gerir o clube precisa ser modificado. É preciso modernizar o Coritiba, o clube, o estádio e só moderniza com dinheiro e conseguir dinheiro no atual momento é muito difícil. Tem que aproveitar a mesma verba de 2017 para conseguir voltar à primeira divisão, mas é preciso ter outra alternativa de gestão futebolística e clubística‘, enfatizou.

Críticas

Ernesto Pedroso disparou ainda contra o conselho deliberativo do Coritiba, que era presidido até pouco tempo por Samir Namur, que é um dos candidatos à presidência do clube. Segundo ele, faltou união do clube com o conselho nos momentos mais complicados do Coxa na temporada.

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“Faltou união. O conselho do Coritiba não colaborou com o clube. Criou expectativas e discussões necessárias. Há disputas e grupos contra. O grupo opositor do conselho é nocivo ao clube. O Coritiba é muito grande de tradição e o conselho do Coritiba pensa pequeno‘, disparou.

Por fim, Pedroso afirmou que está saindo do Coritiba, mas garantiu que nunca negará ajuda à nova diretoria que, a partir de sábado, definirá os rumos do clube nos próximos três anos. ‘É dar oportunidade aos mais jovens, ter um choque de gestão. Que busquem o melhor para o Coritiba. Nunca neguei ajuda ao Coritiba, já fui patrocinador master e nunca me envolvi em assuntos financeiros do clube. Estou sendo atacado nas redes como se fosse negociador, mas não tinha cargos e poder para isso. Todo o trabalho foi feito em conjunto. Sempre ajudei o Coritiba por sangue, tradição e família”, concluiu ele.