A pausa no calendário do futebol nacional foi comemorada no Coritiba. A explicação está na matemática. O clube é o terceiro que mais jogou em 2013, entre os 20 que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro: 33 partidas. A sequência levou o elenco à exaustão e agora haverá tempo para recuperá-lo. Principalmente os jogadores que estavam atuando no limite.
Os veteranos do elenco foram os que mais sofreram com a quantidade de partidas. Um deles é o atacante Deivid, 34 anos. Autor do gol que garantiu a vitória frente ao Náutico (1 x 0) e que rendeu a liderança da competição ao Alviverde, o jogador vinha se queixando de fortes dores na sola do pé esquerdo. Avaliado pelo departamento médico, Deivid quase não reuniu condições de atuar contra Fluminense e Náutico.
Autor de três gols em cinco jogos, após a partida de domingo, o atacante admitiu que vinha atuando no sacrifício. “Estava jogando no limite, por isso não conseguia render o suficiente. Fiz esses cinco jogos no sacrifício, sentindo muitas dores e a base de infiltração. Uma dor na sola do pé, que está bem complicada. Ainda bem que teremos essa parada para a Copa das Confederações e vou aproveitar para descansar e fazer um tratamento. Quero voltar inteiro para a sequência da temporada”, projeta.
Outro que também comemora a pausa para a Copa das Confederações é o meia Alex. Do alto de seus 35 anos, o jogador atuou em 69,69% dos jogos do time – 23 das 33 partidas. A principal consequência da alta quantidade de minutos em campo foi a nítida queda de produção em determinadas partidas, sentida principalmente no Campeonato Brasileiro. Apesar disso, entre atuações de gala, regulares e jogos onde passou despercebido, o capitão alviverde balançou as redes 16 vezes, e é o artilheiro do time no ano.
Para o técnico Marquinhos Santos, a pausa no calendário será estratégica para contar com o elenco em alto nível. O treinador acredita que, em virtude da liderança do campeonato, o foco das outras equipes passará a ser o Coritiba. Por isso, além de servir para descansar os atletas, o período será utilizado também para afinar o time. “É impossível fazer um jogador atuar em excelência no número de jogos que fizemos até agora, em um semestre. Então, isso acaba acarretando desgaste em todos os aspectos. Mas o importante são as vitórias, principalmente em função dessa parada, para que possamos corrigir os erros que têm acontecido nos jogos e para que a equipe possa evoluir na segunda parte da competição, que será altamente equilibrada”, analisa.
