Gol em casa

Para Evandro, gol contra o Corinthians foi muito especial

“Uh, terror, o Evandro é matador!”. Essa foi a frase cantada pela torcida do Coritiba depois que o atacante Evandro, de apenas 18 anos, garantiu o empate em 1×1 contra o Corinthians, domingo à tarde, no Couto Pereira e salvou o time de mais uma derrota no Brasileiro. Mesmo ainda em formação, como admite o técnico Ney Franco ao falar do jogador, a jovem promessa pode se tornar o ídolo da torcida do Verdão, que está carente de alegrias nos últimos tempos.

Natural de Messias, Alagoas, Evandro faz, literalmente, do Couto Pereira a sua própria casa. O jogador, juntamente com outros atletas das categorias de base, mora no alojamento do estádio, dentro do Espaço Dirceu Krueger. Após ter feito mais um gol importante – o primeiro foi contra a Ponte Preta, semana passada, pela Copa do Brasil -, Evandro comentou da emoção de fazer seu primeiro gol diante do torcedor coxa-branca.

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“É uma emoção muito grande de marcar no Couto Pereira. É aonde eu moro, aonde eu vivo, aonde eu durmo e passo o maior tempo com os moleques no alojamento. Conversamos sobre tudo e sempre falei que era meu sonho jogar aqui dentro e fazer um gol, ainda mais diante dessa torcida maravilhosa que é a do Coritiba. Estou muito feliz por isso, por ter feito um gol tão importante contra uma bela equipe que é o Corinthians”, comemorou Evandro, em um vídeo divulgado pelo clube, que mostrou a rotina do atleta depois da partida contra o Timão.

Ainda durante o vídeo, Evandro, como de costume após os jogos, ligou para conversar com a sua família, no Nordeste. No diálogo com a sua mãe, Evandro não escondeu a emoção e comentou sobre a saudade que sente da família. A mãe da jovem promessa coxa-branca, nas poucas palavras captadas no vídeo feito pelo clube, emocionada, parabenizou o jogador pelo gol e exaltou o orgulho que estava sentindo do filho, que marcou seu primeiro gol no Couto Pereira e ainda contra um dos grandes times do futebol brasileiro.

Trabalho vigiado de perto

O ex-supervisor de futebol do Coritiba, Maurício Cardoso, que deixou o clube em maio, rompeu o silêncio e explicou alguns dos motivos que o fizeram a pedir demissão da diretoria do clube. Segundo o ex-dirigente coxa-branca, em entrevista à Rádio Banda B, seu trabalho começou a ser contestado e o processo da sua saída começou quando houve uma especulação de que ele estaria tentando derrubar o técnico Marquinhos Santos.  “Eu não podia me movimentar na concentração. Tinha sempre um segurança me cuidando para ver aonde eu ia e o que eu fazia.

São coisas que começaram a encher o saco. Até o dia que surgiu esse tal de WhatsApp, que nunca escrevi e nunca apareceu nada, mas sim o comentário de um jogador e uma segunda pessoa que eu estaria tentando derrubar o Marquinhos. Depois da derrota na final do Paranaense fui o único que levantei para defende-lo”, lembrou.

Culpa

Cardoso afirmou que, quando deixou o clube, o clima já não era dos melhores e que passaram a lhe culpar por alguns problemas. “Foi a grande decepção minha no Coritiba. Faltam com respeito a minha história dentro do clube. De uma altura em diante eu comecei a contestar algumas coisas e ficou um clima muito estranho contra mim dentro do Coritiba. Era cochicho, se reuniam falando nos cantos. Quando eu emitia alguma opinião não era ouvido, era contestado o que eu fazia”, disse.

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