Este foi um ano excepcional também para Eriélton Carlos Pacheco. Espere um pouco. Pra quem? Pois é, a maioria não o conhece pelo seu nome de batismo, mas sim pelo diminutivo do seu sobrenome, que o consagrou como um dos ídolos da história do Coritiba. Isso mesmo, Pachequinho viveu um ano especial, bom pelo menos nos dois meses finais. Ele foi o responsável direto por salvar o Coxa do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Pachequinho pegou o time na zona de rebaixamento e, após a saída de Ney Franco, estreou no comando do Coxa no duelo contra o líder Corinthians, em São Paulo. Apesar de derrota por 2×1, o time apresentou um bom desempenho dentro de campo, que foi elogiado pela diretoria. Foi a prova que faltava para efetivar Pachequinho no cargo. A missão do novo treinador era pra lá de complicada, mesmo assim ele encarou de frente o maior desafio da sua carreira fora das quatro linhas.
E Pachequinho não decepcionou. Depois da derrota para o líder do Brasileirão, o Coxa tinha apenas mais quatro jogos para sair do sufoco e evitar o rebaixamento para a Série B. Nas últimas quatro rodadas do Brasileirão, Pachequinho levou o Coritiba a três vitórias e um empate. Um excelente desempenho, que valeu a permanência na Série A. Contra o Goiás, no Serra Dourada, o Coxa não se intimidou e goleou os donos da casa por 3×1.
Na rodada seguinte, um jogo muito difícil contra o Santos, mas o time de Pachequinho aproveitou o fator Couto Pereira para conquistar mais uma vitória, desta vez por 1×0, mas o importante foram os três pontos. Na penúltima rodada, um duelo contra o Palmeiras, lá em São Paulo. Mesmo com o Allianz Parque lotado, o Coritiba foi para cima e venceu de novo, 2×0. Com este ótimo retrospecto, a equipe de Pachequinho foi para a última rodada dependendo apenas de suas próprias forças para se garantir na elite do futebol brasileiro em 2016. Além disso, o jogo foi no Couto Pereira, com o apoio do torcedor coxa-branca. Apesar do adversário precisar desesperadamente da vitória para ainda ter alguma chance de não ser rebaixado, o Coxa mandou na partida e segurou o 0x0, resultado que garantiu o time na Série A e ainda rebaixou o Vasco para a Série B em 2016.
continua após a publicidade Pachequinho vai fazer um estágio no Benfica. |
Bom momento pra se especializar
Depois do excelente trabalho no comando do Coritiba nas últimas rodadas do Brasileirão, a torcida alviverde pediu pela permanência de Pachequinho no cargo para a próxima temporada. Foram alguns dias de expectativa e de muita conversa entre o treinador e a diretoria. Após o suspense, o próprio Pachequinho achou que ainda não era o momento de assumir o Coritiba, para desapontamento de boa parte dos torcedores, que queriam ver o ídolo continuar com o bom trabalho em 2016.
Com a decisão de Pachequinho em não seguir no cargo neste momento, o Coxa anunciou Gilson Kleina para comandar o time em 2016, o que não agradou a torcida e, por isso, o novo treinador vai começar 2016 já pressionado.
Futuro
Pachequinho, que foi confirmado pelo diretor de futebol Valdir Barbosa como auxiliar técnico da comissão permanente, deve seguir para um intercâmbio no Benfica na próxima temporada e voltar com mais bagagem para, quem sabe, ser o próximo treinador alviverde quando a oportunidade aparecer. “Acredito que será muito proveitoso uma atividade assim e que vai ajudar com minha formação não só pessoal, mas dentro do Coritiba também. É um relacionamento importante para o clube também no trabalho diário”, projeta.
Homenagem
A fa,çanha de Pachequinho foi reconhecida na Câmara dos Vereadores de Curitiba. Ele e Márcio Goiano foram homenageados numa proposta do vereador Pierpaolo Petruzielo.
“Nós tentamos ajudar de todas as maneiras, conseguimos fazer com que os atletas entendessem o que a gente queria e era uma pressão muito grande para a gente se livrar. Então, graças a Deus a gente conseguiu, com o apoio da diretoria, os jogadores foram maravilhosos e o Pierpaolo nos deu essa homenagem”, agradeceu Pachequinho.