O site oficial do Coritiba, principal veículo de comunicação própria do clube, apresenta na página “Elenco Profissional” exatos 34 jogadores. Podem não ser exatamente estes que trabalham diariamente com Ney Franco e com a comissão técnica. Às vezes são mais, outras vezes certamente são menos.
Mas entre estes jogadores que levaram o Coxa de volta para a primeira divisão estão alguns destaques. Pelo bom futebol, pela postura, pela resistência às críticas, pela alegria e pelo drama, eles marcaram esta temporada de retorno alviverde à elite do futebol brasileiro. E a Tribuna apresenta cinco destes personagens do Cori.
Edson Bastos: O camisa 1 do Coxa termina o ano da mesma forma que começou – como ídolo da torcida e um dos líderes do elenco. Apesar de ter mais problemas com lesões e suspensões que em anos anteriores, neste 2010 Edson não foi contestado como titular em momento algum, e sua experiência foi decisiva em vários jogos desta Série B.
Para muitos, está encerrando o ciclo no Alto da Glória, mas certamente a torcida não gostaria de vê-lo deixando o clube. Jeci: O capitão voltou no ano passado, depois de uma péssima passagem no Palmeiras.
Foi contestado em 2009 e em 2010, quando viu sua dupla com Pereira ser tachada de lenta. Deu razão aos críticos em alguns jogos, mas termina o ano como titular, em boa fase e com tudo para continuar sendo o capitão do Coritiba em 2011.
Triguinho: Foi o símbolo dos acertos e erros do Coxa neste ano. Quando chegou, vindo do São Caetano, foi elogiado, porque poderia ser o lateral que brilhou no Figueirense e no Botafogo.
Mas viveu má fase no início da Série B, foi apupado pela torcida e sacado do time por Ney Franco, que chegou a improvisar Lucas Mendes pela esquerda. No segundo turno, na arrancada alviverde para a primeira divisão, Triguinho foi uma das peças fundamentais do time, jogando bem e marcando gols.
Termina o ano convalescendo de uma cirurgia, por conta da dupla fratura na perna esquerda no jogo com o Bahia. Recebeu o voto de confiança da diretoria e segue no clube na próxima temporada.
Rafinha: O craque do ano, o destaque do futebol paranaense (pode formar uma “santíssima trindade” com Paulo Baier, do Atlético, e Kelvin, do Paraná). Veio do Paraná para assumir a camisa 7 e não largar mais.
Brilhou na conquista do estadual, e foi o mais regular na campanha alviverde da Série B. Teve identificação imediata com a torcida, e é prioridade da diretoria para o ano que vem. Exigirá uma “engenharia financeira” para a compra dos direitos federativos, mas ninguém no Alto da Glória admite ficar sem Rafinha em 2011.
Leonardo: “Bichado”, “chinelinho”, “acabado”. Foram os adjetivos que Leonardo recebeu na sua volta ao futebol paranaense. Sem passagens positivas por Flamengo e Avaí, o centroavante ganhou uma nova chance na carreira, e não a desperdiçou.
Fez alguns golaços, recuperou o sistema ofensivo do Coritiba e foi fundamental no acesso alviverde. Ah, e não teve nenhuma lesão. Como a relação da diretoria com seus empresários é boa, deve emplacar mais um ano no Couto Pereira.